Morte de Prigozhin, líder do Grupo Wagner: o que se sabe e o que falta esclarecer, veja vídeo do avião sendo abatido

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário, estava entre passageiros de avião que caiu na Rússia, segundo o Kremlin. Ninguém sobreviveu

Montagem mostra líder mercenário Prighozin, do Grupo Wagner, com avião e foto de Vladimir Putin ao fundo - Metrópoles

As circunstâncias da morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, confirmada pelo governo da Rússia, ainda permanecem obscuras. O mercenário, que desafiou o presidente Vladimir Putin e gerou a maior crise em território russo desde o início da guerra com a Ucrânia, estaria em um avião que caiu nessa quarta-feira (23/8) e não deixou sobreviventes.

Segundo a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya), o nome de Prigozhin, de 62 anos, está na lista de 10 passageiros do jato particular Legacy, fabricado pela Embraer, que caiu na região de Tver, na Rússia. O avião partiu de Moscou rumo a São Petersburgo.

Além da confirmação do governo russo de que o líder mercenário de fato embarcou na aeronave, um canal ligado ao Grupo Wagner no Telegram assegurou que a aeronave particular, que pertencia ao mercenário, foi abatida por defesas aéreas.

Prigozhin teria morrido “como resultado de ações de traidores da Rússia”, de acordo com o grupo.

Lista de passageiros

Segundo o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, 10 pessoas estavam a bordo da aeronave que caiu. A Rosaviatsiya publicou a lista com os nomes das vítimas – entre as q1uais, três tripulantes (o comandante, o copiloto e a comissária de bordo) e mais sete passageiros. Confira:

  • Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner;
  • Sergei Propustin;
  • Eugene Makaryan;
  • Alexandre Totmin;
  • Valery Chekalov;
  • Dmitry Utkin, comandante e cofundador do Wagner;
  • Nikolai Matuseev;
  • Aleksei Levshin, comandante;
  • Rustam Karimov, copiloto; e
  • Kristina Raspopova, comissária de bordo.

A hipótese de o jato particular ter sido vítima de um atentado de origem desconhecida também não é descartada. Além de Putin, o líder do Wagner tinha uma extensa lista de inimigos – ao longo da atuação do grupo militar privado na Ásia e no continente africano (entenda mais abaixo)

Outra aeronave

A possibilidade de Yevgeny Prigozhin não ter embarcado no avião que caiu também é levantada. Especialmente porque um segundo jato particular, outro pertencente ao mercenário russo, pousou em Moscou duas horas depois da queda do primeiro avião, reportada pelo Kremlin.

De acordo com informações da plataforma Planespotters, voltada para o monitoramento de tráfego aéreo, outra aeronave do Grupo Wagner, o Embraer Legacy 650 prefixo RA-02748, decolou de São Petersburgo no fim da tarde e pousou horas depois no aeroporto executivo de Ostafyevo, nos arredores de Moscou.

Não há informações sobre quem estava a bordo do avião que pousou com segurança na capital russa. Esse mesmo veículo tem uma viagem programada para Baku, no Azerbaijão, nesta quinta-feira (24/8).

Veja mais imagens do acidente:

Prighozin já “morreu” em acidente antes

O líder do grupo mercenário russo já teve a morte noticiada de forma equivocada antes. Em 2019, a mídia russa noticiou que ele estava a bordo de uma aeronave militar An-72 que caiu com oito pessoas na República Democrática do Congo.

O caso foi relembrado pelo The Washington Post, com base em relatos da mídia russa. Na ocasião, as informações iniciais davam conta de que Prigozhin estaria entre as vítimas do acidente aéreo em território africano, mas foram desmentidas posteriormente.

Exílio na Bielorrússia

Após o fim da tentativa de motim contra o Kremlin há cerca de dois meses, o grupo teria concordado com um suposto exílio na Bielorrússia, mediado pelo presidente do país vizinho, e aliado de Putin, Aleksandr Lukashenko. No entanto, na última quinta-feira (17/8), o bielorrusso afirmou que Prigozhin, na verdade, estaria em território russo.

O recuo aconteceu em meio ao anúncio do governo russo de que perdoaria o líder do grupo militar e os seus subordinados. Em mensagem de áudio, o comandante do Wagner disse estar “virando nossos comboios e indo na direção oposta”.

No fim de junho, o mercenário chegou a ocupar Rostov, mas já desocupou o quartel-general e as ruas da cidade. De lá, uma coluna se deslocou até ficar a somente 200 km de Moscou, quando foi ordenada a recuar.

O acordo envolveu garantias de segurança para o Grupo Wagner. Os integrantes que não aderiram à ação devem se juntar ao Ministério de Defesa russo. A tensão entre os mercenários e o governo da Rússia chegou ao ponto de ebulição quando Prigozhin se rebelou após acusar o então exército aliado de atacar um de seus acampamentos na Ucrânia.

Lista de inimigos

Prigozhin era o líder do Grupo Wagner, um exército de mercenários que foi empregado em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia.

Surgido em 2014, o agrupamento russo é uma companhia privada de mercenários que atua em guerras pelo mundo. Desde o ano de fundação, a milícia está presente na península ucraniana da Crimeia e chegou a ajudar forças separatistas apoiadas pela Rússia a tomar a região.

Inicialmente, a empresa paramilitar contratada pelo Kremlin atuou ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia, mas se rebelou depois que Prigozhin acusou o exército de Putin de lançar um ataque com foguetes que matou dezenas de combatentes do Grupo Wagner.

Em abril, ele já havia criado mal-estar com o líder russo ao defender o fim da guerra na Ucrânia.

Em uma escalada na rivalidade entre Prigozhin e comandantes militares russos, o líder mercenário afirmou que as forças dele marchariam sobre Rostov. Foi o que aconteceu em junho.

Além do papel de Prigozhin no conflito na Ucrânia, a crueldade e a violência nos campos de batalha fizeram com que o FBI prometesse a recompensa de US$ 250 mil a quem der informações sobre o líder do Grupo Wagner.

Segundo o The Guardian, ele é movido pela crença de que luta contra as elites corruptas. Prigozhin também é conhecido por executar desertores.

Ao longo dos últimos anos, os mercenários que provocaram uma crise no Kremlin acumulam acusações de extermínio, estupros coletivos e tortura. O primeiro registro de ataque a “marteladas” foi em 2017, quando um soldado do exército do governo sírio, liderado por Bashar Al-Assad, acabou torturado.

Em 2022, novas denúncias apareceram quando vazaram imagens da agressão a um integrante da milícia, que tentou deixar o grupo e acabou espancado com a mesma marreta usada na Síria.

Único acidente com um Legacy: o da Gol

O jato executivo que caiu na Rússia e tinha o líder mercenário do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, em sua lista de passageiros é um Legacy 600, produzido pela multinacional brasileira Embraer. As informações são da agência de notícias russa Tass.

O acidente ocorreu na rota que o jato de fabricação brasileira Embraer Legacy 600 fazia um dia depois de Yevgeny Prigozhin reaparecer em suas redes sociais com um vídeo que teria sido gravado durante operações do Wagner na África.

Segundo a Embraer, os jatos da empresa têm um legado de segurança. A medida é comprovada pelo registro de um único acidente com um Legacy 600 na história, causado por falha humana, e não mecânica.

O caso em questão ocorreu em setembro de 2006, após um jato do modelo, cuja proprietária é a empresa norte-americana ExcelAir, colidir com um avião da GOL, que voava de Manaus para Brasília.

Todos os 154 passageiros e tripulantes do voo comercial 1907 morreram. O Legacy, por sua vez, conseguiu pousar em segurança na Base Aérea da Serra do Cachimbo, no Pará, sem registro de mortes ou feridos.

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fonte:

Metrópoles

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