Guerra entre Israel e Hamas tem mais de 10.000 mortos em apenas 1 mês

Invasões, ataques com mísseis, bombardeios aéreos diários e outras agressões entre Israel e o Hamas deixaram um enorme número de vítimas em menos de um mês de guerra

O conflito entre Israel e os palestinos não é recente. A instabilidade na região vem de décadas, alimentada por reivindicações de território e acusações de perseguição. Mas foi no dia 7 de outubro de 2023, há menos de um mês, que o grupo terrorista Hamas promoveu um ataque-surpresa com milhares de foguetes capaz de furar o famoso bloqueio antiaéreo de Israel e invadiu o país. A guerra foi decretada. Com o suporte de alguns líderes globais, sendo o principal deles Joe Biden, presidente dos EUA, Israel entrou em uma campanha de tudo ou nada contra o Hamas. Mas este conflito, agora crescente e sem previsão de término, deixa um rastro sem precedentes para a região, destruindo cidades, famílias e fazendo vítimas civis em quantidades avassaladoras: mais de 10 mil pessoas. Entenda quais foram os acontecimentos que levaram a este triste número.

Número mínimo de mortos divulgado no relatório diário do conflito, segundo a OCHA (United Nations Office for the Coordination of Humanitarian Affairs)

7 de outubro

Ataque terrorista do Hamas

O sábado ainda estava amanhecendo quando milhares de foguetes atingiram o sul e o centro de Israel, vindos de Gaza. Integrantes do Hamas invadiram cidades e kibutz por terra, ar e mar, destruíram construções e veículos e capturaram reféns. Por volta das 10h (horário local), um porta-voz militar de Israel disse que a Força Aérea estava reagindo aos ataques bombardeando Gaza. No sul de Israel, houve embates entre as forças de segurança e os terroristas do Hamas.

8 de outubro

Disparos do Líbano

10 de outubro

Cerco total

Israel anunciou o posicionamento de 100 mil homens na fronteira com Gaza, enquanto foguetes do Hamas atingiam Rahat e Jerusalém. As cidades palestinas também sofrem com o bombardeio israelense: campos de refugiados, mesquitas, edifícios residenciais e escolas são atingidos. Também foram registrados ataques aéreos na fronteira de Gaza com Egito. Um bloqueio israelense ao redor da região impede a entrada de água, alimentos, combustíveis e remédios.

11 de outubro

Apagão em Gaza

Sem energia, água e combustível, serviços essenciais começaram a ser afetados em Gaza. Ataques aéreos na região atingiram prédios, matando inclusive trabalhadores da ONU. Sem combustível, cuja entrada é proibida por Israel, as usinas de energia e as centrais de dessalinização não podem operar.

13 de outubro

Ataques a campos de refugiados

Foguetes de Gaza foram lançados em Ashkelon, cidade no sul de Israel. Ao mesmo tempo, há relatos de ataques a pelo menos nove campos de refugiados na Faixa de Gaza. Israel ordenou que palestinos saíssem da parte norte do território em 24 horas para iniciar uma incursão terrestre. Crescem os enfrentamentos na fronteira de Israel com o Líbano, no norte. Já na Cisjordânia, chegou a dezenas o número de palestinos mortos pelas forças de segurança israelenses em confrontos desde o início da guerra.

15 de outubro

Hamas e Hezbollah no Líbano

Ataques aéreos de Israel atingiram rotas de fuga de civis palestinos do norte de Gaza. A Síria diz que seus aeroportos foram bombardeados na quinta-feira para dificultar um eventual acesso de auxílio do Irã (aliado do Hamas) a seus aliados. Na fronteira com o Líbano, o embate é crescente: o Hamas disparou foguetes contra assentamentos israelenses, e o Hezbollah disparou contra bases militares de Israel.

16 de outubro

Estrangeiros retidos em Rafah

O prazo para que palestinos deixassem o norte de Gaza se estende. Centenas de estrangeiros tentaram fugir de Gaza pelo Egito, mas a fronteira, bombardeada quatro vezes, permaneceu fechada. Israel promoveu ataques aéreos noturnos a Rafah, Khan Younis, Deir el-Balah e Nuseirat e fortaleceu o contingente militar na fronteira com Gaza.

17 de outubro

Ataque a hospital

O grave ataque ao Hospital Árabe al-Ahli, em Gaza, foi palco de disputa de narrativas entre o Hamas e Israel, que trocaram acusações acerca da responsabilidade pelo episódio e sua dimensão. O Hamas alegou que mais de 470 pessoas foram mortas, provocando indignação global e protestos em Cisjordânia, Egito e Turquia. Israel, no entanto, negou a autoria e alegou que o projétil que atingiu o estacionamento do hospital fora disparado contra seu território pela Jihad Islâmica, aliada do Hamas, mas falhara, caindo no próprio enclave palestino. O Hamas não conseguiu provar a autoria israelense do ataque, alegando que o projétil usado no bombardeio “se dissolveu”, e sua contagem de mortos também foi contestada, uma vez que os prédios do hospital não tinham sido atingidos e não havia grandes crateras no estacionamento. Os bombardeios aéreos israelenses seguiram ao longo do dia nas cidades de Khan Younis, Rafah e Deir el-Balah. Uma escola da ONU no campo de refugiados de al-Maghazi foi atingida, matando seis pessoas. O Hezbollah e o Exército israelense trocaram disparos de mísseis na fronteira do Líbano.

19 de outubro

Bombardeios aéreos diários

Mesquitas, igrejas, lojas, escolas e arredores de hospitais seguem sendo bombardeados por aviões israelenses em Gaza. As cidades de Rafah, Jabalia e Khan Younis e os campos de refugiados de Nuseirat e al-Zahra foram atingidos. A ONU relatou que mais de 98 mil residências foram destruídas por esses ataques. Mísseis também foram disparados por Israel no Líbano, em confronto com o Hezbollah. Joe Biden, presidente dos EUA, anunciou um acordo com o Egito e Israel para que a passagem de Rafah fosse aberta para ajuda humanitária.

20 de outubro

Míssil antitanque no Líbano

Palestinos foram mortos na Cisjordânia em ataque israelense. Um míssil antitanque foi lançado do sul do Líbano contra posições do Exército de Israel, matando um soldado e ferindo outros. As forças de segurança israelenses responderam atacando locais estratégicos do Hezbollah. A passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, foi aberta e os primeiros caminhões com ajuda humanitária começaram a entrar no território.

22 de outubro

Os ataques se intensificam

Diferentes áreas de Gaza no sul e no norte sofreram os ataques aéreos mais violentos de Israel desde o início de outubro, deixando cerca de 400 civis mortos em apenas 24 horas, segundo autoridades de Gaza. Os bombardeios e a falta de combustível também prejudicaram ainda mais o sistema de saúde em Gaza, que entra em colapso. A ONU calcula que são necessários ao menos 100 caminhões por dia com ajuda humanitária para suprir as necessidades da região, mas o número de veículos não chega a 20. Israel também atacou a Cisjordânia com aviões atingindo um campo de refugiados e uma mesquita. O confronto do Exército israelense com o Hezbollah, no Líbano, se intensificou ainda mais, e civis de Israel receberam ordem de retirada da região próxima à fronteira.

23 de outubro

Drones, foguetes e aviões

Os bombardeios aéreos não cessam, matando centenas de palestinos diariamente. O Hamas, por sua vez, lançou foguetes em cidades no sul de Israel e atacou bases militares do Exército israelense com drones. O número de mortos na Cisjordânia e no Líbano aumentou com os conflitos nas duas regiões.

24 de outubro

Retirada de civis no Líbano

Mais um ataque aéreo deixou 700 vítimas palestinas em Gaza, segundo as autoridades locais. Localidades do Líbano próximas à fronteira foram evacuadas devido aos embates entre o Exército de Israel e combatentes do Hezbollah. Na Cisjordânia, a polícia israelense fechou uma mesquita. De Gaza, foram lançados foguetes que atingiram um assentamento israelense.

27 de outubro

Ataques a Tel Aviv

A região de Jaffa, em Tel Aviv, foi atacada por foguetes do Hamas. No início do dia, um prédio da cidade também foi atingido, deixando três feridos. Médicos conseguiram entrar em Gaza pela primeira vez desde o início da guerra. Em Nova York, a Assembleia Geral da ONU aprovou por 120 votos a 14, com 45 abstenções, uma resolução pedindo “um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e sustentável”. O documento, porém, não tem caráter obrigatório. Antes desse dia, quatro resoluções do Conselho de Segurança, que são de aplicação compulsória pelos Estados-membros da ONU, não tinham obtido apoio mínimo ou foram vetadas.

30 de outubro

Tanques em Gaza

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que não haverá cessar-fogo. Em mensagem na TV, o ministro da Defesa israelense disse que o Hamas deve escolher entre “morrer ou se entregar”, numa sinalização de recrudescimento da guerra. Tanques de Israel entraram na periferia da Cidade de Gaza, no distrito de Zaytun, cortando uma estrada importante que liga o sul ao norte do território palestino. O Exército intensificou ataques, com mais de 600 alvos sendo bombardeados em 24 horas.

01 de novembro

Mais de 10 mil vítimas

Entre invasões, explosões de hospitais e escolas, ataques de mísseis e bombardeios aéreos diários, a guerra ultrapassa a triste marca dos 10 mil mortos em menos de um mês. Este número tende a aumentar com a incursão terrestre do Exército de Israel em Gaza. A imensa maioria dos mortos e feridos é composta de civis, incluindo mulheres e crianças. Dezenas de estrangeiros deixaram nesta quarta-feira a Faixa de Gaza e atravessaram para o Egito através da passagem de Rafah, que foi aberta ao trânsito de pessoas pela primeira vez desde o início da guerra.

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fonte:

O GLOBO

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