Nova Pdad mostra perfil do brasiliense na cidade e no campo
Mais abrangente, levantamento coleta informações de 25 mil residências, contemplando todas as 35 regiões administrativas e 12 municípios do Entorno do DF
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) lançou, nesta segunda-feira (6), a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A) 2023, que vai mapear o perfil da população e a infraestrutura urbana e rural da capital federal. O lançamento do estudo bianual marca também o início da fase de coleta de dados em campo, por meio das visitas domiciliares.
“A ideia da Pdad é conhecer a nossa população, conhecer como vive o brasiliense, extrair coisas que são muito valiosas para o governo, que é a informação usada para pautar as ações e políticas públicas”, explica o diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino. “São dados coletados com base em evidências, obtidos de forma metodológica e que tenham validade.”
Clementino destacou que a condução da pesquisa é fruto de uma ação conjunta: “Contamos desde o início com o apoio do secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, que nos colocou em contato com as administrações regionais, Secretaria de Segurança Pública [SSP] e com a Secretaria de Comunicação [Secom] para contornarmos as dificuldades que o IBGE enfrentou na execução do Censo.
“É um trabalho integrado do governo envolvendo todas as secretarias, todas as administrações, órgãos do governo, para que as coisas saiam como têm que sair”, endossou o secretário de Governo.
A Pdad-A é a única pesquisa realizada no DF que abrange toda a extensão territorial da capital: “É o único estudo regional em que conseguimos, de forma muito criteriosa, informações sobre os mais diversos assuntos para auxiliar na gestão pública da capital”, enfatiza a diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do instituto, Dea Fioravante.
Áreas rurais
Este ano, a pesquisa estará ainda mais abrangente. Isso porque a Pdad-A incorpora, pela primeira vez, os dados essenciais das áreas rurais do DF. A inclusão representa um passo importante para tornar o estudo ainda mais fiel à realidade da capital federal.
“Essa incorporação nos permite coletar dados numa janela temporal muito menor”Dea Fioravante, diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF
Antes, a Pdad Rural era conduzida como um estudo independente da pesquisa original. Para este ano, o planejamento prevê o alcance de 450 domicílios rurais, gerando informações capazes de representar a população.
Outro levantamento absorvido pelo estudo foi a Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (Pmad). Desta forma, a Pdad-A apresentará, em comparação com as edições anteriores, um formato mais amplo, com novos sistemas metodológicos e logísticos.
“Essa incorporação nos permite coletar dados numa janela temporal muito menor”, pontua Dea Fioravante. “Antes, as pesquisas aconteciam de forma intercalada, com dados em anos diferentes. Por se tratar de pesquisas socioeconômicas, no formato antigo, os dados não eram tão comparáveis.”
Etapas
A Pdad-A está dividida em quatro fases: planejamento, coleta, consistência e divulgação. A primeira etapa diz respeito ao cadastro de domicílios, elaboração do desenho amostral e definição dos questionários que serão utilizados. Em seguida, ocorre a pesquisa de campo, com aplicação dos questionários nos domicílios.
25 milEstimativa do número de unidades residenciais a serem visitadas pelas equipes da pesquisa
A previsão é que a etapa de coleta dure cinco meses. Nessa fase, serão mais de 60 técnicos, entre agentes e supervisores, visitando 25 mil unidades residenciais, em todas as 35 regiões administrativas (RAs) do DF, nas comunidades rurais da capital e nos 12 municípios que integram a Região Integrada de Desenvolvimento (Ride).
Na ocasião, serão aplicados questionários com cinco blocos de perguntas. Os questionamentos abrangem temas como características dos domicílios, educação, saúde, trabalho e rendimento dos entrevistados.
Superada a etapa de coleta de informações, a Pdad-A segue para a terceira fase, de formatação dos dados coletados. É neste estágio que os técnicos vão definir a consistência da base de informações colhidas e, a partir dela, elaborar relatórios com os resultados. Esses, por sua vez, serão divulgados na quarta e última etapa da pesquisa.
Uma outra novidade da Pdad-A é o Valida Pesquisador – plataforma que permite ao morador abordado conferir a veracidade e o vínculo do agente de coleta. A checagem pode ser feita pelo site, com base na matrícula do técnico, ou pelo QR Code de validação disponível no crachá.
“Todos os pesquisadores são cadastrados e estarão com esse crachá”, anuncia a diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF. “A partir dessa ferramenta, a população consegue confirmar se a pessoa que bate na porta da minha casa é de fato um pesquisador credenciado. Além disso, todos eles estarão também uniformizados.”
Nenhum dos dados coletados será usado individualmente. A utilização das informações é feita de maneira agregada, caracterizando grupos e comportamentos médios.
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