Quem é Martha Lillard, a única pessoa que ainda vive num ‘pulmão de ferro’
Após a morte de Paul Alexander, americana de 75 anos é a única a se manter viva com a ajuda do equipamento gigante
Após a morte de Paul Alexander, conhecido como o “homem no pulmão de ferro”, só há mais uma pessoa no mundo que vive no equipamento.
Martha Lillard já passou 69 anos ao lado de sua “querida amiga” depois que, exatamente como Paul, contraiu poliomielite quando criança. A doença foi praticamente erradicada no Ocidente, mas a década de 1950 viu surtos devastadores.
Em 8 de junho de 1953, Martha comemorava o seu quinto aniversário com uma festa num parque de diversões em Oklahoma (EUA). Pouco mais de uma semana depois, ela acordou com dor.
Ela passou seis meses no hospital, onde foi colocada no tanque gigante de metal – o ventilador informalmente chamado de “pulmão de ferro” – para ajudá-la a respirar. Além de Martha, a também americana Mona Jean Randolph era a outra mulher que ainda vivia num “pulmão de ferro”. Ela faleceu aos 82 anos, em 18 de fevereiro de 2019.
“Eu tentei todas as formas de ventilação, e o pulmão de ferro é o mais eficiente, o melhor e o mais confortável”, comentou ela à Radio Diaries.
Em 1990, o seu “pulmão de ferro” quebrou, mas ela acabou herdando outra máquina de um homem de Utah (EUA). É nela onde vive até agora.
“É quase como ser enterrada viva, você sabe, é muito assustador”, desabafou a americana.
Hoje, Lillard passa grande parte do tempo sozinha. A solidão foi ainda maior na época do isolamento por causa da pandemia de Covid-19. Apesar das muitas limitações, ela passa o tempo pintando, assistindo a filmes antigos de Hollywood e cuidando dos seus beagles. Após aprimorar técnicas de respiração, Martha consegue passar alguns momentos fora do equipamento.
O dispositivo consiste em uma câmara selada, na qual apenas a cabeça do paciente fica para fora. Há uma bomba que aumenta e diminui a pressão do ar em seu interior, permitindo a expansão e a contração dos pulmões. Assim, o paciente respira, mesmo quando os músculos falham.
Ser afetada pela poliomielite tão jovem fez com que Lillard não pudesse ter todas as experiências que outros tiveram. Ela frequentou a escola em casa durante grande parte de sua infância e não pôde participar da maioria das atividades extracurriculares – ela ainda se lembra de desejar acampar com os irmãos. Ela não conseguia ter filhos nem manter um emprego estável devido às suas limitações físicas.
Embora algumas de suas experiências de vida tenham sido limitadas, Lillard agradece a uma amiga de infância chamada Karen Rapp por ensiná-la a valorizar as pequenas coisas. Juntos, eles observaram formigas e construíram pequenas aldeias de cabanas de palha.
A poliomielite é uma doença potencialmente letal e já foi uma das mais temidas do mundo. No fim da década de 1940, a poliomielite incapacitava uma média de 35 mil pessoas todos os anos nos EUA.
A vacina contra a poliomielite se tornou amplamente disponível em 1955 e milhões de americanos foram vacinados. Desde 1979, nenhum caso de poliomielite se originou nos EUA, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. A doença foi quase erradicada – a Organização Mundial da Saúde documentou apenas 175 casos de poliomielite selvagem em 2019. Continua endémica apenas no Paquistão e no Afeganistão.
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