Motoristas cobram construção de nova via entre o Plano Piloto e Samambaia

A Avenida das Cidades, que vai ligar o Plano Piloto à Samambaia, é prometida há mais de duas décadas, mas o projeto não avançou. De acordo com o GDF, a proposta está em análise no TCDF e, após, será feita a licitação

O taxista Francisco Sobrinho demora mais de uma hora no trajeto entre Águas Claras e Plano Piloto -  (crédito: Minervino Júnior/CB)

Uma pista para ligar o Setor Policial Sul à Samambaia é uma promessa antiga do Poder Público há décadas. A existência de um corredor viário entre as duas regiões consta no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) do DF de 1997. No entanto, nunca saiu do papel. A proposta foi chamada de Interbairros e de TransBrasília. Atualmente, está batizada como Avenida das Cidades.

Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), o projeto da Avenida das Cidades foi debatido com a sociedade em audiência pública e encontra-se em análise no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Após o trâmite do projeto na Corte, o GDF fará o processo licitatório do empreendimento. “A obra tem custo estimado em R$ 2,9 bilhões, pode gerar cerca de 100 mil empregos, e será executada por meio de parceria público-privada (PPP)”, detalhou a pasta.

A Semob acrescenta que a avenida terá extensão de 26 quilômetros, com ciclovias e calçadas, sendo uma nova via de ligação entre o Plano Piloto e as regiões administrativas do Guará, Arniqueira, Águas Claras, Park Way, Samambaia e Taguatinga.  O complexo urbanístico, de acordo com a pasta, vai contribuir para a criação de centros de negócios, lazer e habitação. A Semob não informou previsão para o início das obras.

Trânsito

O Correio foi para Águas Claras, região administrativa que seria cortada pela Avenida das Cidades, para conversar com motoristas sobre o projeto da nova via de ligação para o Plano Piloto e Samambaia. “Seria uma melhoria. Para ir ao centro do Plano Piloto é uma volta muito grande, tanto pela EPTG quanto pela EPNB”, avalia o taxista Francisco Lourenço Sobrinho, 75 anos. 

Ele conta que, em horários de pico, o percurso entre Águas Claras, onde fica o ponto onde trabalha, até o Plano Piloto pode levar mais de uma hora. “Desde que comecei a trabalhar em Águas Claras, há 18 anos, que ouço falar dessa promessa. Desafogaria bastante o trânsito”, completa. 

Para Carlos Souza, 43, a melhoria seria sentida principalmente para quem sai de Águas Claras para o Guará. “É preciso pegar a EPTG ou a EPNB e ambas têm o trânsito muito carregado”, afirma o motorista. 

Via de ligação Interbairros opinião da população de Águas Claras. Carlos Souza.
Para Carlos Souza, 43, a melhoria seria sentida principalmente para quem sai de Águas Claras para o Guará

A nova avenida não beneficiaria apenas os condutores de veículos. O músico-terapeuta Silvio Samuel Teixeira, 47, mora em Águas Claras e é usuário de transporte público. Ele observa que o acesso entre a região e o Plano Piloto, para onde vai com frequência, é muito complicado. “Se o metrô fechar, o preço da viagem por aplicativo vai para as alturas. É um percurso que poderia ser menor”, diz Silvio, que acredita que a nova via encurtaria a distância para a região central do DF. 

Via de ligação Interbairros opinião da população de Águas Claras.  Silvio Samuel.
Silvio Samuel Teixeira mora em Águas Claras, usa transporte público e reclama que o acesso ao Plano Piloto é muito complicado

Memória  

Em fevereiro de 2020, o governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou uma resolução que autorizava o enterramento das linhas de transmissão de energia ao longo dos 26 quilômetros da via que liga o Plano Piloto a Samambaia. À época, o contrato foi firmado entre o GDF e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A previsão do governo local era de que a licitação saísse no início do segundo semestre daquele ano e as obras começariam em 2022, o que não ocorreu. 

A Aneel ficou responsável por oferecer uma solução regulatória para o processo e por autorizar Furnas Centrais Elétricas S/A, subsidiária da Eletrobras, a fazer as intervenções. Só o enterramento dos fios de transmissão custaria R$ 1 bilhão aos cofres públicos. O projeto também prevê comércios, praças e parques ao longo da via.

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fonte:

Correio Brasiliense

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