Jovem viraliza ao contar como teve parte do crânio guardada no abdômen

João Cris sofreu um acidente com monociclo e teve parte do crânio removida e armazenada no abdômen

Jovem sem parte do osso da cabeça

O influenciador João Victor da Silva Cristofoli, de 25 anos, morador de Toledo, Paraná, ganhou destaque nas redes sociais ao compartilhar o processo pelo qual passou, no qual teve parte de seu crânio temporariamente armazenada no abdômen após sofrer um acidente de monociclo em março deste ano. O procedimento foi realizado como parte de sua recuperação.

João Cris sofreu um acidente com o monociclo enquanto fazia entregas de produtos. Ele fraturou várias partes do corpo, incluindo uma forte batida na cabeça, que resultou em traumatismo craniano e inchaço do cérebro.

Veja a história de João:

O procedimento ocorreu após a remoção de parte do osso craniano, chamada “calota craniana”, que precisou ser cortada e realocada no abdômen por três meses. O jovem compartilhou seu processo de recuperação. “As pessoas estavam torcendo muito pelo meu bem, sempre apoiando e curiosas sobre a cirurgia também.[…] Eu fico feliz de mostrar pras pessoas que, se eu sobrevivi, e, se eu continuei batalhando, eu posso servir como fonte de inspiração para outras pessoas que passaram por algo semelhante”, contou ao g1.

Kelly Cristina Bordignon, neurocirurgiã que tratou João Cris após o acidente, explicou que as fortes pancadas na cabeça causam inchaço. Essas lesões podem resultar em traumatismo craniano, que pode evoluir para um edema cerebral, um inchaço significativo de um lado do cérebro que “empurra” o órgão para o lado oposto do crânio. As informações são do G1.

Nesses casos, é realizada a remoção da “calota craniana” por meio de uma craniotomia descompressiva, uma cirurgia destinada a reduzir a pressão intracraniana. Esse procedimento permite que o cérebro inche, criando o espaço necessário para acomodar o inchaço, conforme explicou a médica.

Após a remoção, o crânio pode ser armazenado em um banco de ossos, mas como a maioria dos hospitais não dispõe dessa estrutura, costuma-se realocar o osso no abdômen. Isso ajuda a preservá-lo contra infecções e facilita a reabsorção óssea quando for reposicionado na cabeça. Essa parte fica em uma “camada subcutânea onde tem pouco de gordura”.

João Cris permaneceu cerca de nove dias em coma no hospital, sendo posteriormente transferido para um quarto e, um mês depois, recebeu alta com o crânio ainda alojado no abdômen. Ele também sofreu lesões no joelho. Segundo a médica, o osso é recolocado no crânio utilizando pequenos parafusos.

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fonte:

Metrópoles

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