Vídeo mostra momento em que assessor de Marçal dá soco em marqueteiro de Nunes nos bastidores de debate em SP

Duda Lima, da equipe de Nunes, saiu ensanguentado após ter levado um soco de um membro da campanha de Marçal. Lima chegou a ir para o hospital e levou seis pontos no rosto

Vídeo mostra agressão nos bastidores de debate em SP

Um vídeo mostra o momento exato da agressão entre membros das equipes de Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) no fim do debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo organizado pelo Grupo Flow em parceria com o Grupo Nexo, da Faculdade de Direito da USP, na noite desta segunda-feira (23).

O início da confusão ocorreu após a expulsão de Marçal (PRTB) por quebrar as regras durante as considerações finais ao usar um apelido para Nunes. Em outros momentos, houve também ataques pessoais, mas sem agressão entre os candidatos. Em debate do último dia 15, o candidato José Luiz Datena (PSDB) agrediu Marçal com uma cadeirada.

Enquanto o debate desta segunda-feira ocorria, Duda Lima, da equipe de Nunes, e Nahuel Medina, da equipe de Marçal, estavam nos bastidores. Segundo a equipe do ex-coach, Duda teria dado risada quando Marçal foi advertido pelo mediador sobre a expulsão.

Um vídeo feito pelo próprio Medina mostra os dois assessores aparentemente se provocando. Na sequência, outra gravação mostra Duda conversando com outras pessoas, momento em que Medina aparece e o agride com um soco. A agressão deixou o rosto de Lima ensanguentado, e ele precisou levar 6 pontos.

A polícia foi acionada, e Lima e Nahuel Medina foram encaminhados ao 16º DP.

Do debate, tinham sido vetados insultos, ofensas, xingamentos e uso de apelidos pejorativos. O participante que infringisse alguma das regras receberia advertências, sendo retirado se acumulasse três delas. Marçal foi advertido seguidamente após chamar Nunes por um apelido, o que resultou na expulsão.

Agressão em bastidor — Foto: Reprodução

Marçal recebeu 3 advertências durante fala

“Tomei três advertências numa fala”, reclamou o ex-coach. “Essa é a minha indignação como cidadão aqui agora, e não faz o mínimo sentido. Eu usei do meu tempo, fui advertido, segui nas regras, ele [Carlos Tramontina, que mediava o debate] poderia me advertir depois que eu terminar de falar, ele até verbalizou. Por que você está usando esse último momento? Porque o último momento é meu, veio do sorteio”, afirmou Marçal.

“Eu reprovo completamente o que o marqueteiro [Duda Lima], que ganha milhões, fez contra a pessoa da minha equipe e está aprovado dentro do meu Instagram agora. Não era proibido a equipe gravar lá dentro, só que ele perdeu a inteligência emocional”, completou Marçal.

Sobre a confusão, Boulos disse que “houve agressões onde estavam os assessores”. “Pelo que a gente viu, [houve] uma troca de agressões. Um assessor do Marçal agrediu um do Nunes. Enfim, mas não tenho essa clareza porque não estava onde estavam os assessores”, disse.

Duda Lima, da campanha de Ricardo Nunes, fica com o rosto ensanguentado após ser agredido por assessor de Marçal durante debate — Foto: Arquivo pessoal

Duda Lima, da campanha de Ricardo Nunes, fica com o rosto ensanguentado após ser agredido por assessor de Marçal durante debate — Foto: Arquivo pessoal

O debate

Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) participaram do debate e responderam questões de especialistas com foco em saúde, educação, segurança pública, acessibilidade, transporte e população em situação de rua.

Em cerca de duas horas, foram três blocos de perguntas e respostas e um com as considerações finais. A mediação foi feita pelo jornalista Carlos Tramontina. Pelas regras, apesar de estarem lado a lado, não houve um momento em que um candidato perguntasse diretamente a um adversário. Todas as perguntas foram feitas por especialistas e eleitores.

Debate Flow — Foto: Reprodução

Três direitos de resposta foram solicitados por Boulos, Datena e Marçal. Apenas o pedido do ex-coach foi atendido.

Em um dos embates, questionados sobre quais são suas propostas para resolver o problema da fome na capital paulista, Nunes afirmou que “não é razoável que as pessoas passem fome nessa cidade que é a maior cidade do nosso país. E é por isso que eu estou fazendo um grande programa de segurança alimentar reconhecido pela ONU”.

O prefeito, que disputa a reeleição, disse que criou o Fundo Municipal de Segurança Alimentar. “São R$ 340 milhões que nós estamos aplicando em várias frentes”, afirmou. Ele citou o Cozinha-Escola, “dentro da comunidade, que ensina a pessoa a cozinhar a gastronomia e fornece cada um 400 refeições. Além disso, a gente distribui 7 mil cestas básicas todos os dias. A prefeitura de São Paulo distribui por dia, entre os nossos serviços para as pessoas, gratuitamente, 2,6 mil refeições por dia”.

Marina Helena, sorteada para comentar, afirmou que “a gente vai comemorar mesmo na prefeitura quando a gente não precisar distribuir 2 milhões [sic] de refeições por dia. O que a gente precisa cuidar é para que essas pessoas saiam dessa situação, e elas possam conseguir comprar a sua comida. O melhor programa social de todos é o emprego. A gente precisa trazer essas pessoas, colocá-las em locais adequados, em abrigos adequados, restabelecer os vínculos familiares, porque a família é a base de tudo, mas principalmente capacitar essas pessoas para o mercado de trabalho. O que eu tenho de proposta aqui é o que deu certo em Minas Gerais, que formou mais de 150 mil pessoas em parceria com o setor privado. Quem forma é o setor privado”.

Em outro momento, a respeito da poluição recorde do ar registrada neste mês na capital, Marçal afirmou que a primeira coisa a ser feita, com ajuda do governo do estado é “aprovar isenção de IPVA para carros elétricos”. “Isso já vai eletrificar a frota nesses próximos 10 anos. O que a gente precisa também é concluir esse plano de colocar combustível verde nesses mais de 12 mil ônibus dessa cidade. Nós precisamos, com essas 48 mil ruas que a gente tem, plantar 3 milhões de árvores”.

Provocação antes do debate

Marçal e Nunes batem-boca antes de debate do Flow

Antes de o evento começar, enquanto Nunes saía do estúdio, Marçal provocou o adversário e o chamou de “Tchutchuca do PCC”, “ladrão de merenda” e disse que “2025 você vai passar na cadeira”.

O prefeito, por sua vez, chamou o ex-coach de “condenadinho” e falou que ele “está roubando até apelido” .

O participação do prefeito Ricardo Nunes no debate ainda era motivo de dúvidas antes da hora do evento. Ao chegar para o encontro, ele contou que pensou em não comparecer porque tinha outras três agendas. “Conseguimos remarcar e estou aqui. É importante ter o debate para ter essa oportunidade de discutir a cidade”, afirmou.

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fonte:

g1

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