Veja andamento de investigação contra policiais suspeitos de tráfico na operação “Reis da Rua” deflagrada no Gama-DF
Na época, eles estavam justamente lotados na seção de investigação repressão de tráfico de drogas da 20ª Delegacia de Polícia (Gama).
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Em dezembro 2022, três policiais civis foram alvo de mandado de busca e apreensão, suspeitos de desviarem drogas para o tráfico. Na época, eles estavam justamente lotados na seção de investigação repressão de tráfico de drogas da 20ª Delegacia de Polícia (Gama).
Pouco mais de dois anos depois, a investigação continua no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e não foi oferecida a denúncia à Justiça do Distrito Federal. Desta forma, os agentes seguem como suspeitos da investigação, mas não são classificados como réus. Eles também seguem recebendo a remuneração, conforme consta no Portal da Transparência.
O Metrópoles teve acesso a um processo com detalhes da operação até 2023, quando este foi arquivado por existir um outro com duplicidade – o segundo corre em segredo de Justiça. Como o caso está em investigação e é sigiloso, os nomes dos policiais suspeitos não serão divulgados.
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A reportagem apurou que a investigação teve início porque um outro policial lotado na mesma delegacia se recusou a participar do esquema. Segundo a denúncia, ele teria negado pedir dinheiro a uma vítima de roubo de veículo como recompensa por devolver o carro roubado. O agente pediu para sair da delegacia, e uma denúncia anônima foi enviada ao Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap), do MPDFT, relatando outros abusos dos militares pelo ano de 2017.
Um ponto que chamou a atenção dos investigadores foi uma denúncia de abuso de autoridade para o policial que tinha se recusado a participar do esquema. Os agentes investigados orientaram um preso a fazer um boletim de ocorrência. O policial denunciou os agentes por calúnia, onde conseguiu prints demonstrando a estratégia para incriminar um colega. O caso inclusive foi julgado como calúnia e difamação, em que um dos policiais foi condenado e precisou fazer retratação. Relembre o caso na matéria abaixo:
Com os fatos, os promotores solicitaram todas as ocorrências da 20ª DP envolvendo drogas. Em uma apuração complexa e árdua, eles chamaram os presos pelos dos casos e, em ao menos 18 situações, conseguiram relatos de que os policiais teriam declarado menos drogas ou dinheiro do que o que teria sido apreendido.
Em um dos casos, um preso declarou que tinha interesse em fazer tráfico internacional de drogas e confessou que estava com 230 quilos de entorpecentes, mas observou no processo que constavam apenas 176 quilos de drogas. O MP investigou que a quantidade remanescente teria sido desviada pelos agentes.
Troca de mensagens
Os policiais ainda trocavam mensagem com outros traficantes para repassar a droga apreendida. O MP identificou uma transferência bancária de R$ 2 mil ao agente investigado por um traficante. No celular do criminoso, ele conversa com um parceiro dizendo que a droga vinha de dentro da delegacia e comentava em seguida: “esse país é um lixo mesmo”.
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