Estado de emergência em Padre Bernardo: Semad autoriza desvio do córrego Santa Bárbara após desastre ambiental
Medida visa conter contaminação da água; empresa tem 24 horas para apresentar documentação técnica complementar
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) autorizou parcialmente, nesta terça-feira (24), o início das obras para implantação de um desvio emergencial do Córrego Santa Bárbara, atingido pelo deslizamento de uma montanha de lixo em Padre Bernardo, ocorrido em 18 de junho. A autorização foi concedida após análise inicial do plano de ação emergencial apresentado pela empresa Ouro Verde, responsável pela área.
O parecer da Semad destaca a necessidade de isolamento hidráulico da área afetada. O objetivo é impedir que o curso d’água continue atravessando a região onde houve o desmoronamento e contato direto com os resíduos, o que causou contaminação ambiental.
A autorização, no entanto, é condicionada: a empresa tem o prazo máximo de 24 horas para apresentar todos os documentos e projetos técnicos complementares exigidos. A continuidade da avaliação do plano depende dessas informações adicionais.
A Semad também determinou como prioridade o esvaziamento imediato das lagoas de chorume formadas no local. Técnicos da secretaria, que realizaram vistorias na área, identificaram instabilidade estrutural e risco iminente de novos danos, caso essas lagoas se rompam.
Como será feito o desvio da água
O plano emergencial propõe duas alternativas para o desvio do Córrego Santa Bárbara. A primeira prevê o uso de bombas para conduzir a água; a segunda utiliza o desnível natural do terreno para promover o escoamento por gravidade.
A proposta contempla três etapas principais:
- Bloqueio do córrego antes do ponto de contato com os resíduos;
- Condução da água por tubulações instaladas lateralmente, fora da área afetada;
- Despejo do fluxo em um ponto seguro, fora da zona de contaminação.
Segundo a empresa, a proposta não requer escavações profundas nem a supressão de vegetação, o que amplia a segurança das equipes envolvidas nos trabalhos. Além disso, o sistema de desvio será instalado fora da área considerada mais instável.
Apesar da proposta inicial, a Semad destacou a ausência de informações técnicas essenciais para validar a execução. Entre os documentos ainda pendentes estão:
- Estimativa da vazão média e máxima de água a ser desviada;
- Especificação do tipo e diâmetro das tubulações;
- Modelo, potência e localização das bombas, caso utilizadas;
- Detalhamento do plano de operação da obra;
- Croqui da área de intervenção;
- Relação de equipamentos e máquinas a serem empregados.
A Semad reforçou que a escolha entre as alternativas apresentadas deve se basear em critérios de efetividade, segurança e adequação à situação emergencial, e não apenas em facilidade ou menor custo. A fiscalização da execução continuará sendo realizada por técnicos ambientais da secretaria, com apoio de outros órgãos competentes.
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