Quem é o vigilante do Posto da Torre que movimentava tráfico no DF

Alexandre Oliveira de Almeida, apontado como peça fundamental no esquema do tráfico de drogas, foi preso no âmbito da Operação Iluminado

Alexandre Oliveira de Almeida

Preso no âmbito da Operação Iluminado, o vigilante Alexandre Oliveira de Almeida (foto em destaque), 43 anos, foi apontado como peça fundamental em um esquema de tráfico de drogas nas redondezas do Posto da Torre, localizado próximo à Torre de TV.

Segundo investigações conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), Alexandre era responsável por fazer a entrega de drogas no local. Por ser vigilante, o homem não levantava suspeitas da polícia.

Alexandre era comandado pelo traficante Tiago Ribeiro da Silva, que chefiava o negócio com mão de ferro. O criminoso, inclusive, circulava armado “tomando conta de seus funcionários”. Ele também foi preso na mesma operação que levou o vigilante para atrás das grades.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o tráfico ocorria nas proximidades do Posto da Torre – conhecido nacionalmente por ter sido o ponto de partida para a Operação Lava Jato – no início da madrugada, quando as bombas de combustível são desligadas e os frentistas encerram as atividades.

No horário, traficantes, garotas de programa e usuários de drogas passaram a frequentar o endereço, composto por complexo comercial formado por bares e lanchonetes.

Alexandre, inclusive, trabalhava no Posto da Torre antes de ser preso. No entanto, não há qualquer participação da administração do posto no esquema de tráfico, e o segurança foi demitido alguns meses antes de a operação ser deflagrada.

Com a constante presença da Polícia Militar rondando as cercanias do posto, o segurança era uma figura acima de qualquer suspeita.

A operação

As investigações da PCDF tiveram como alvo tanto o vigilante quanto o chefe do esquema, apontados como responsáveis pelo tráfico de drogas nas proximidades do Posto da Torre e do Setor Hoteleiro Sul. A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em dois endereços: um no Guará e outro em Santa Maria.

Na ação, foram apreendidos anabolizantes, maconha, dinheiro em espécie, balança de precisão, máquina de cartão e invólucros plásticos utilizados para acondicionamento de drogas.

Tiago possui antecedentes criminais por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, estelionato, calúnia, apropriação indébita, vias de fato e descumprimento de ordem judicial. Já Alexandre não tinha antecedentes em seu registro. A pena prevista para o crime é de 5 a 15 anos de prisão, além do pagamento de multa.

Posto da Lava Jato

O Posto da Torre pertence ao doleiro Carlos Habib Chater, condenado a 10 anos e 11 meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro. A pena foi imposta pelo então juiz federal Sergio Moro em setembro de 2018.

O posto ampliou as atividades: além do comércio de combustíveis, foram abertos lanchonete especializada em culinária árabe, bar e loja de conveniência. O nome da operação, aliás, se refere ao Posto da Torre, embora ali nunca tenha existido um serviço de limpeza de veículos.

Durante as apurações conduzidas pela Polícia Federal, o posto foi apontado como uma espécie de “caixa eletrônico da propina”, tendo gerenciado contas que movimentaram pelo menos R$ 10,8 milhões entre 2007 e 2014.

A perícia da PF conseguiu levantar provas de que o dinheiro transitou por 375 contas bancárias. Também no posto funcionava uma casa de câmbio, atualmente fechada, a ValorTur, que, segundo agentes federais, lavava dinheiro.

Siga ODEMOCRATA no Instagram pelo link www.instagram.com/odemocrata
📰 Leia e veja as melhores notícias do Distrito Federal, entorno de Brasília, Brasil e do mundo 🌎 dando ênfase para notícias regionais 📍 de utilidade pública.
✔️ ANUNCIE CONOSCO
✅ WhatsApp 📱(61)99414-6986
PORTAL DE NOTÍCIAS 📲 ODEMOCRATA
🌎 SEMPRE CONECTADO COM VOÇÊ 🖥️

fonte:

Metrópoles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *