Goiás se firma como alternativa à China em terras raras e atrai missão japonesa para o Estado
O governo japonês confirmou o envio de uma missão técnica ao Estado, prevista para a segunda quinzena de agosto
Goiás vem se consolidando como referência estratégica na produção de terras raras, insumos essenciais para a indústria tecnológica global e para a transição energética. Durante missão oficial ao Japão, realizada na segunda-feira, 14, o governador Ronaldo Caiado apresentou o potencial mineral do Estado ao ministro da Economia, Comércio e Indústria japonês, Ogushi Masaki. O governo japonês confirmou o envio de uma missão técnica ao Estado, prevista para a segunda quinzena de agosto.
Segundo o ministro Masaki, o Japão tem interesse em estreitar relações com Goiás. “Muitas empresas japonesas querem investir nesta área no Estado. O governo pretende impulsionar esses investimentos”, afirmou. A aproximação se dá em um momento em que o mundo busca alternativas à hegemonia chinesa no fornecimento de minerais estratégicos — cenário no qual Goiás surge como player confiável e competitivo.
O Estado possui jazidas promissoras nos municípios de Minaçu, Nova Roma e Iporá, com destaque para os projetos Serra Verde e Aclara Resources, considerados os mais avançados do Brasil. Os chamados elementos de terras raras são utilizados na produção de veículos elétricos, turbinas eólicas, baterias de alta performance e equipamentos militares — setores-chave para a nova economia verde e digital.
“O Brasil tem a segunda maior reserva mundial de óxidos de terras raras, e Goiás abriga os projetos mais estruturados. Temos água, energia limpa e precisamos de tecnologia para a separação dos metais presentes. Esse é o nosso maior desafio, e o Japão tem o conhecimento necessário para superar essa etapa”, afirmou Caiado.
Em um cenário de instabilidade nas cadeias globais de suprimento, Goiás surge como alternativa confiável para países desenvolvidos, consolidando-se como parceiro estratégico no fornecimento de minerais críticos.
A atuação de Goiás no setor mineral está inserida em um plano mais amplo de desenvolvimento tecnológico e sustentável. Exemplo disso é a recente aprovação da primeira lei estadual do Brasil voltada à inteligência artificial (IA). A Política Estadual de Fomento à Inovação em Inteligência Artificial foi construída com participação de universidades, empresas e especialistas, e prevê incentivos técnicos e financeiros para projetos que envolvem IA em setores como saúde, agronegócio, indústria e empreendedorismo.
Durante visita aos Estados Unidos, em maio, Caiado apresentou a legislação à Amazon, em reunião com o vice-presidente global de Relações Institucionais da empresa, Shannon Kellogg. A gigante elogiou o modelo adotado por Goiás, que se destaca pelo caráter moderno e aberto à colaboração internacional.
Entre 2019 e 2024, o governo estadual destinou mais de R$ 689 milhões em ciência, tecnologia e inovação. O Hub Goiás, maior centro público de empreendedorismo inovador do Centro-Oeste, já apoiou mais de 160 startups. Outro destaque é o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia), da Universidade Federal de Goiás (UFG), que se tornou referência continental e já captou mais de R$ 300 milhões em investimentos.
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