Os detalhes da execução do caseiro, no Gama; motivação é incerta

Rosevelto Ludovico Lopes, 51 anos, foi morto a tiros dentro de casa, na Estância Cury, na Ponte Alta Norte

Mistério cerca a morte do caseiro Rosevelto Ludovico Lopes, 51 anos, executado a tiros dentro de casa, na Estância Cury, na Ponte Alta Norte do Gama. Relato da mulher da vítima à polícia — que presenciou o ataque — indica que eram quatro autores: três homens e uma mulher. As informações, no entanto, são investigadas pela Polícia Civil. O homicídio ocorreu pouco antes das 6h desta segunda-feira (20/10).

Rosevelto trabalhava junto a outros caseiros e mestres de obra em uma área cercada, a cerca de 40km do centro do Gama. Para chegar às chácaras, é preciso enfrentar uma estrada de terra e ter acesso a um portão de grade azul, que costuma ficar fechado com um cadeado. Dentro do cerco, há residências e galpões. Há cerca de dois anos, ele e a mulher tomavam conta de uma das habitações. 

A casa onde a vítima morava pertence ao dono de uma agropecuária localizada em Águas Claras. A residência, com piso em cimento e três cômodos, é simples. O Correio visitou o local. Na sala, ainda havia uma camisa masculina sobre o sofá. Na cozinha, um fogão elétrico posicionado em um batente improvisado indicava que alguém havia cozinhado recentemente.

Arrombamento

Duas portas brancas eram a segurança da residência, mas ambas estavam arrombadas. Os relatos ao Correio indicam que os criminosos pareciam certeiros quanto ao local onde a vítima estaria. “O portão está sempre com cadeado. Seria difícil entrar por ali. Desconfio que tenham entrado pelos fundos, pegando outra estrada. Isso me parece que a pessoa conhecia a área”, disse um mestre de obras.

À polícia, a mulher de Rosevelto relatou que o marido dormia no sofá e acordou com o estrondo do arrombamento na porta. Ela relatou ter sido arrastada pelo bando até o quarto e foi ameaçada de morte, mas, por algum motivo, foi “liberada”.

Na sala, Rosevelto foi executado com tiros na cabeça. Policiais militares do Batalhão Rural chegaram primeiro ao local e encontraram uma munição parecida com de espingarda. Policiais civis da 20ª Delegacia de Polícia (Gama) colheram, ao longo do dia de ontem, relatos de amigos e familiares da vítima.

As hipóteses são tratadas em sigilo, mas amigos descrevem que, há cerca de um mês, o comportamento de Rosevelto mudou bruscamente. “Parecia impaciente e muito mais nervoso. Ficamos sem entender”, contou um dos colegas. As câmeras de segurança próximas à casa estavam desligadas no momento do crime, segundo informou o dono da propriedade aos investigadores.

Até o fechamento dessa reportagem, ninguém havia sido preso. 

fonte:

Correio Brasilense

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