Os ultraprocessados que mais prejudicam o cérebro, segundo a ciência
O estudo acompanhou adultos por até sete anos para avaliar como o consumo de ultraprocessados afeta a memória e o raciocínio

Os ultraprocessados já são conhecidos por prejudicar a saúde e aumentar o risco de doenças como obesidade e diabetes. Uma pesquisa da Virginia Tech, nos Estados Unidos, aponta que, entre eles, carnes e bebidas industrializadas são os alimentos que mais prejudicam a saúde do cérebro.
O que são ultraprocessados?
- A classificação divide os alimentos em quatro categorias. A primeira é dos alimentos in natura (frutas, vegetais, carnes grãos cozidos).
- Em seguida vem os ingredientes culinários (farinha, açúcar, sal, óleo, temperos e fermentos). Depois, os alimentos processados que são produzidos, em geral, com a adição de ingredientes culinários a alimentos in natura. São doces que usam partes de fruta, queijos, pães, etc.
- Por fim estão os alimentos ultraprocessados. São produtos industrializados com corantes e aditivos artificiais que se afastam do aspecto natural de um alimento e muitas vezes nem usam o ingrediente natural em sua composição. Entre eles, refrigerantes, salgadinhos, gelatinas, etc. Eles são associados a diversos problemas de saúde.
Na pesquisa, publicada em maio no American Journal of Clinical Nutrition, foram analisados dados de 4.750 adultos com 55 anos ou mais, acompanhados por até sete anos entre 2014 e 2020. O levantamento, que faz parte do Estudo de Saúde e Aposentadoria da Universidade de Michigan, investigou como o consumo de alimentos industrializados impacta as funções cognitivas ao longo do tempo.
De acordo com os resultados, o consumo diário de uma porção extra de carnes ultraprocessadas, como salsichas, embutidos e frios, aumentou em 17% o risco de desenvolver comprometimento cognitivo. Já as bebidas adoçadas, como refrigerantes, chás gelados e sucos artificiais, elevaram esse risco em 6%.
Alimentos Processados
Estes alimentos são reconhecíveis como versões dos alimentos originais, mas com a adição de ingredientes culinários para conservação e palatabilidade.
- Conservas de legumes em salmoura ou vinagre (milho, ervilha, azeitonas).
- Frutas em calda ou cristalizadas.
- Carnes salgadas ou defumadas (ex: charque).
- Peixes enlatados (sardinha, atum).
- Queijos (muitos tipos são considerados processados, feitos com leite, sal, fermento e coalho).
- Pães feitos com farinha de trigo, levedura, água e sal (pães de padaria tradicionais).
- Extrato ou concentrado de tomate (sem aditivos excessivos).
Alimentos Ultraprocessados
Estes são produtos que geralmente contêm cinco ou mais ingredientes, incluindo substâncias que você normalmente não usaria em casa, como gorduras hidrogenadas, xarope de milho, aromatizantes e corantes.
- Biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e guloseimas (balas, chocolates).
- Refrigerantes e refrescos em pó.
- Macarrão e temperos instantâneos.
- Salsichas, linguiças, presunto, bacon e outros embutidos.
- Hambúrgueres e nuggets (congelados e prontos para fritar ou assar).
- Pratos prontos congelados (lasanha, pizza, etc.).
- Cereais matinais açucarados e barras de cereal.
- Misturas para bolo.
- Bebidas energéticas e achocolatados adoçados.
- Maionese e outros molhos prontos.
- Pães de forma e outros pães de larga escala com aditivos.
- Margarina.
“Trata-se de moderação, bom senso e equilíbrio nas escolhas alimentares”, explica a professora de nutrição da Virginia Tech e coautora do estudo, Brenda Davy, em comunicado.

Curiosamente, o consumo total de alimentos ultraprocessados não mostrou relação direta com o risco de declínio cognitivo. Ou seja, não é qualquer produto industrializado que representa perigo imediato, mas sim categorias específicas, especialmente as com altos níveis de gordura saturada, sódio e açúcares adicionados.
Os pesquisadores testaram ainda a memória e a capacidade de raciocínio dos participantes por meio de avaliações periódicas. No total, 1.363 pessoas apresentaram algum grau de comprometimento cognitivo, incluindo casos relacionados à demência e ao Alzheimer.
Hábitos saudáveis para prevenir o declínio cognitivo
- Mantenha uma dieta balanceada, pratique exercícios e durma bem.
- Participe de atividades sociais e comunitárias para estimular a mente.
- Controle o estresse e a ansiedade com técnicas de relaxamento ou terapias.
- Exercite a memória com jogos, leituras e aprendizado de novas habilidades.
- Use tecnologias e aplicativos que ajudam a treinar o cérebro.
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