Militantes avançam e capturam cidades do sul da Ucrânia
Dois dias depois do exército ucraniano deixar a cidade de Novoazovsk, os militantes pró-Rússia se organizaram na cidade e iniciaram um avanço de 43 Km até a cidade costeira de Mariupol, iniciando uma terceira frente no sul do país.

O avanço das forças rebeldes sugere uma tentativa de ligar a Rússia à Crimeia. “Nós planejamos tomar Mariupol. “Nós agora estamos lutando pelo sudeste da Ucrânia, por Novorossiya”, disse um comandante rebelde identificado como Svet.
Mariupol possui cerca de 450 mil habitantes, e capturar a cidade seria essencial para preencher o vazio no mapa entre a Rússia e a Crimeia, península anexada ao país eslavo há 5 meses atrás.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, pediu aos cidadãos para não entrarem em pânico com o aumento de agressões russas ao país. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) confirmou que cerca de 1.000 militares russos já entraram ilegalmente no país vizinho.
“A situação é certamente extremamente difícil e ninguém irá simplificá-la. Porém, ela está suficientemente controlada para nós reprimirmos o pânico, fiquem de cabeça fria”, disse Poroshenko. “Eu estou confiante que esforços coordenados e unidos de todo o mundo irá levar ao desagravamento da situação na Ucrânia”, completou.
Apesar do aumento dos conflitos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse novamente que não tem interesses no país vizinho, mas no Ártico.
“Nossos interesses estão concentrados no Ártico. E é claro que nós devemos prestar mais atenção nos assuntos sobre desenvolvimento do Ártico e do fortalecimento da nossa posição”, disse Putin.
O interesse nessa região são as reservas de petróleo e gás, que estão se tornando acessíveis com o derretimento do gelo na região. Cerca de 22% dos recursos minerais que ainda não foram descobertos estão localizados no Ártico. A maior parte da frota naval russa, incluindo submarinos, estão estacionados na região.
Por causa desse interesse da Rússia, o Canadá e a Noruega estão prestando mais atenção, militarmente, nas regiões do Ártico. Putin disse várias vezes que irá agir de acordo com as leis internacionais, porém, a crise na Ucrânia fez com que vários líderes mundiais duvidassem de sua sinceridade.