Santo Antônio do Descoberto decreta “Estado de Calamidade Pública” após fortes tempestades 

Fortes chuvas arrancaram o asfalto de várias ruas, fortes enxurradas invadiram casas, alagaram pátios de escolas, creches e até mesmo veículos com pessoas dentro

Fortes chuvas arrancaram o asfalto de várias ruas em Santo Antônio do Descoberto (Foto: Defesa Civil)

A Prefeitura de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno, decretou Estado de Calamidade Pública. A decisão foi tomada devido às intensas chuvas que provocaram inúmeros alagamentos na cidade, com a destruição de residências e transtornos em diversos bairros. A medida tem como objetivo agilizar a assistência à população e a recuperação das áreas afetadas

De acordo com Sérgio Murilo Vasconcelos, chefe da Defesa Civil Municipal, a intensidade das chuvas gerou situações críticas em várias regiões da cidade. “Com a chuva de ontem, de cerca de 60 e poucos milímetros em apenas meia hora, houve uma sobrecarga enorme em alguns bairros. Isso causou fortes enxurradas que invadiram casas, alagaram pátios de escolas, creches e até mesmo veículos com pessoas dentro”, relatou.

Segundo a Defesa Civil, casas tiveram muros estourados e foram invadidas por águas

O chefe da Defesa Civil destacou ainda que, apesar da gravidade, não houve vítimas fatais, mas muitos moradores perderam todos os seus pertences. “Casas tiveram muros estourados e, em um caso específico, uma UBS, no Setor de Mansões Bittencourt, foi invadida pelas águas e precisará de reparos antes de voltar a funcionar”, acrescentou Sérgio.

Segundo a Defesa Civil, o sistema viário também foi afetado e sofreu grandes danos, com trechos recém-pavimentados sendo arrancados e áreas já vulneráveis apresentando pontes e acessos comprometidos. “Esses problemas exigem ações urgentes para evitar maiores transtornos e garantir a segurança da população”, explicou o chefe da instituição.

Força-tarefa 

Uma força-tarefa foi mobilizada envolvendo diversas secretarias da prefeitura, como Obras, Saúde e Meio Ambiente, além da COMPDEC, Bombeiros, Defesa Civil Estadual e Ministério Público. “O objetivo é restabelecer a normalidade o mais rápido possível. Algumas pessoas que ficaram desabrigadas foram encaminhadas para hospedagem em hotéis da cidade, onde poderão reorganizar suas vidas”, acrescentou o responsável pela Defesa Civil.

A Defesa Civil interditou imóveis que representem risco aos moradores. Foto: Defesa Civil

Os bairros mais afetados são: Vila Paraíso, Vila Montes Claros, Parque Estrela Dalva 11, Vila Paraíso 2 e 3, Vila São Luís, Beira Rio 1 e 2, além do setor Mansões Bittencourt. Em algumas áreas próximas ao Rio Descoberto, houve um refluxo que agravou os alagamentos, impossibilitando o escoamento adequado das águas.

“Essas chuvas intensas, agravadas pelas mudanças climáticas, acontecem eventualmente, mas esperamos que sejam mais amenas no futuro. Precisamos avançar na infraestrutura para garantir que situações como esta não comprometam tanto a vida das pessoas e os serviços essenciais da cidade”, concluiu Sérgio.

A prefeitura informou à reportagem que o decreto de Estado de Calamidade Pública tem validade inicial de 60 dias e pode ser prorrogado, caso necessário. Entre as medidas emergenciais estão a dispensa de licitação para contratações urgentes. Além disso, prevê o uso temporário de propriedades particulares para abrigar desabrigados e exceções no licenciamento ambiental para ações em Áreas de Preservação Permanente.

Coordenando esforços

Padre Marcelo José Vieira Jr., reitor do Santuário de Santo Antônio do Descoberto, também se mobilizou diante dos temporais que atingiram o município. O sacerdote conta que esteve presente em vários pontos de alagamento e participou de reuniões para coordenar esforços de ajuda às famílias afetadas. “Colocamos a paróquia à disposição para colaborar com qualquer necessidade, especialmente com as famílias desabrigadas”, afirmou. Ele ressaltou que, apesar da paróquia estar pronta para ajudar, a Secretaria de Assistência Social já havia organizado um plantão com locais preparados para acolher os desabrigados, além de haver atendimento emergencial da Defesa Civil.

O padre explicou ainda que, na cidade, há diversas casas alagadas. “Essas situações de risco estão sendo monitoradas continuamente”, disse. Um estudo está sendo realizado sobre uma área atrás do Dia a Dia, onde há preocupação com as manilhas de drenagem de água, uma das quais teria se rompido, criando um risco de escavação interna que pode levar a um possível desabamento. “Essa área foi interditada e, dependendo dos resultados do estudo, podem ser necessárias obras emergenciais”, esclareceu.

Diante desse momento difícil, o sacerdote reforçou que a paróquia permanece à disposição da Secretaria de Assistência Social para apoiar qualquer necessidade emergencial. “Que Deus nos livre de algo mais grave”, concluiu.

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fonte:

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