Secretária investigada pelo Gaeco diz que agiu com lisura e legalidade
Atual secretária da Mulher, Gizelle Ferreira é investigada pelo MPDFT por suposto desvio de dinheiro quando ocupava a Secretaria de Esportes

Investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por suposto esquema de desvio de dinheiro púbico enquanto ocupou a Secretaria de Esportes, a atual secretária da Mulher, Gizelle Ferreira, declarou ter agido com lisura, integridade e legalidade.
O MPDFT, por meio da Vice-Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quinta-feira (11/9) a segunda fase da Operação Armlock. Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão no DF e em Goiás.
Em nota, a secretária reiterou “sua total confiança na lisura, integridade e legalidade de todos os processos administrativos conduzidos durante sua gestão à frente da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal”.
Gizelle Ferreira ressaltou ainda ter compromisso com a transparência e a ética. Ela disse que “confia nos órgãos de controle e coloca-se inteiramente à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários, colaborando com total abertura e responsabilidade institucional”, concluiu.Play Video
Segundo apuração da coluna de Mirelle Pinheiro, além de Giselle, o ex-deputado distrital Reginaldo Rocha Sardinha também é investigado.
Suposto esquema
Os promotores averiguam um suposto esquema de desvio de recursos públicos no âmbito de parcerias celebradas pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEL/DF) com a Associação Centro-Oeste Jiu-Jitsu (COJJ), apontada como entidade de fachada. O grupo é suspeito de praticar peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em procedimentos administrativos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com as apurações, a COJJ teria sido utilizada apenas para abrir caminho ao acesso de verbas públicas, que depois eram desviadas para custear eventos privados da Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu Desportivo (FBJJD) e, em parte, apropriadas por integrantes da organização criminosa.
Segundo o MP, empresas ligadas ao esquema forneciam orçamentos falsos, notas fiscais superfaturadas ou frias, inflando artificialmente os valores a serem pagos pela Secretaria. Assim, os investigados conseguiam empenho e repasse de quantias muito superiores ao necessário. O excedente era repartido entre servidores públicos, empresários e dirigentes esportivos envolvidos.
A investigação aponta que servidores da SEL-DF tinham papel ativo na organização. Eles autorizavam, acompanhavam e validavam os processos administrativos desde o protocolo até a liberação dos repasses.
No centro do esquema está Francisco Grisolia Santoro, presidente de fato da FBJJD, descrito como o principal articulador das manobras ilegais. Ele teria contado com apoio da então secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira de Oliveira, supostamente responsável por validar expedientes fraudulentos e contornar entraves legais, além de atuar em alinhamento direto com Santoro.
Outro político citado é o ex-deputado distrital Reginaldo Rocha Sardinha, que teria direcionado emendas parlamentares para projetos simulados pela COJJ. Em contrapartida, recebia percentual dos valores liberados.
A ação contou também com o apoio do Departamento de Combate à Corrupção (DECOR), da Corregedoria da Polícia Civil e do Gaeco do Ministério Público de Goiás.
O que dizem os investigados
A Secretaria de Esporte e Lazer informou que acompanha o trabalho das autoridades competentes e está à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. A pasta reafirmou seu compromisso com a “transparência, a legalidade e a boa aplicação dos recursos públicos adotando medidas de governança e controle para garantir o correto uso das parcerias e contratos celebrados”.
A Associação Centro-Oeste de Jiu-Jitsu informou que “não possui qualquer vinculação com a Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu Desportivo”. Além disso, ressaltaram, em nota, que todos cinco eventos realizados pela associação possuem “documentos comprovados, com as prestações de contas aprovadas”. O COJJ ainda afirma que estará a disposição da Justiça ou de qualquer órgão público para prestar esclarecimentos dos fatos.
A coluna entrou em contato com os demais envolvidos e aguarda retorno.
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