Armadilha da brutalidade,durante festa promovida por irmão de vereador no município
Jovem diz que foi forçada a manter relações sexuais, com seis homens, durante festa promovida por irmão de vereador no município
A adolescente M.X., de 17 anos, foi abusada sexualmente por cerca de seis homens, em Indiara, a 100 quilômetros de Goiânia. Entre os agressores apontados pela vítima está um vereador da cidade. O crime teria ocorrido durante uma festa na casa do irmão do parlamentar, mentor da agressão, com quem a menor matinha vínculo íntimo. Em entrevista ao Diário da Manhã, a jovem contou com detalhes a violência física e moral que sofreu, na tarde do último domingo, por volta das 16h.
De acordo com M.X., os aliciamentos começaram por um dos amigos do suposto “namorado”, enquanto estavam tomando banho na piscina da residência. Ela contou que chegou a reclamar ao companheiro do assédio moral, que aparentou não ter dado importância. Depois de algum tempo, a adolescente se dirigiu com o homem, com o qual se relacionava afetuosamente, há cerca um ano e meio, a um dos quartos da propriedade, onde mantinham relação sexual consentida, mas apenas entre os dois.
Neste momento, ela disse que foi surpreendida com a presença do grupo de homens invadindo o local. “Pedi proteção ao L.C. (irmão do vereador) e disse que não aceitaria aquela situação. Procurei minhas roupas para sair do quarto, mas não achei. Foi quando me forçaram a fazer sexo oral neles. O L.C. me segurou o tempo todo, forçando a ficar com eles. Seguravam na minha nunca, apertavam meu peito, várias vezes, mandei que parassem. Ainda houve penetração com todos eles”, afirma.
Dores
A jovem contou que o vereador participou da violência sexual quando a namorada dele tinha se ausentado da casa. Neste momento ela afirma que foi obrigada a fazer sexo oral no vereador J.C. “Eles (os cinco agressores) só param depois que fizeram o que queriam. Fiquei sentindo muitas dores nas costas, cintura, pescoço e ainda fui mordida”, disse. A menor tem uma filha de um ano de idade ainda em período de amamentação.
Depois de toda a violência sexual, traumas, síndrome do pânico deixada como sequelas, conforme M.X., o irmão do vereador ainda a procurou e disse: “que queria conversar e que gostava de mim”. De acordo com o delegado de Indiara, Queops Barreto, que investiga o caso, ontem, as diligências ainda estavam em andamento. “Já foram ouvidas dez testemunhas, mas ainda não ouvimos nenhum dos suspeitos. Os exames de violação da intimidade foram realizados e apontaram para lesões típicas de abuso. Foi comprovado que havia resquício de sémem”, afirma. O delegado informou que apesar de não ter ouvido os envolvidos no crime de estupro, eles são apontados em outros crimes da mesma natureza. O Conselho Tutelar garantiu que todo o procedimento de amparo a adolescente está sendo feito.