Caesb é condenada a pagar R$ 300 mil por morte de bombeiro em adutora
Mais de dois anos após a morte de um bombeiro durante o conserto de uma adutora no viaduto sobre a EPTG, a 19ª Vara do Trabalho de Brasília condenou a Caesb a pagar R$ 300 mil em danos morais à família da vítima. A juíza Noemia Porto também determinou a realização de procedimentos de segurança sempre que forem prestados serviços de manutenção, além de proibir a realização de horas extras irregulares. A sentença ainda cabe recurso.
No dia do acidente, a vítima tinha ultrapassado 14 horas consecutivas de trabalho. De acordo com a acusação, ele ficou preso em uma tubulação quando a adutora voltou a se romper e acabou se afogando após o restabelecimento do fluxo de água. Outras quatro pessoas ficaram feridas e precisaram ser internadas.
Durante o processo, a empresa afirmou se tratar de uma fatalidade. “Cumpria a ré estabelecer e cumprir os turnos de trabalho com revezamento de equipes para evitar a sobrecarga, tendo em consideração que o cansaço é um dos fatores que pode contribuir para a ocorrência de acidentes”, pontuou o procurador Joaquim Nascimento.
No documento, a juíza ainda afirmou que houve falha de comunicação entre o serviço de manutenção e o responsável por autorizar o restabelecimento do fluxo de água na adutora.