Odebrecht cria disque-denúncia anticorrupção

Com 76 funcionários e mais o ex-presidente Marcelo Odebrecht com delações premiadas na Lava Jato, a maior empreiteira do país não está com a imagem das mais idôneas. A cada depoimento concedido ao juiz federal Sergio Moro, o nome da Odebrecht é ligado a um novo escândalo criminoso. E o conselho administrativo da empresa sabe disso. Tanto que tomou uma medida promissora no campo da anticorrupção: a criação de uma Linha de Ética, um tipo de Disque Denúncia que vai funcionar em todos os países nos quais a Odebrecht tem contratos, 26 no total.

A Linha de Ética segue a mesma fórmula consagrada no disque-denúncia da polícia. Por questões de segurança, quem telefona com informações, tem a identidade protegida. A ação está prevista, segundo a Folha de S. Paulo, em um documento da Odebrecht, no qual estão listados, inclusive, os acordos de delação e leniência. O texto é parte de acordo assinado entre a empreiteira e a Procuradoria Geral da República, que também foi multada em R$ 6,7 bilhões.

Nesta sexta-feira (16), em delação premiada, executivos da Odebrecht forneceram à Justiça informações sobre a sua relação com o Grupo Petrópolis, propriedade da família Faria. A investigação já havia constatado que a cervejaria e pessoas ligadas à empreiteira eram sócios no banco Meinl Bank Antígua, utilizado para operar propina no exterior.

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