Placas de veículos do DF terão selos de QR Code em 2017, diz Detran

Detran do Distrito Federal informou na sexta-feira (16) que as placas de carros e motos que forem emitidas na capital, a partir do próximo dia 1º, terão um item de segurança adicional: o QR Code. O sistema funciona como um código de barras e vai aumentar o poder de fiscalização do órgão, dificultando a clonagem dos veículos.
Quem já tem um carro ou moto com o emplacamento tradicional não precisa fazer a troca imediatamente. “Inicialmente, vamos trabalhar com os carros novos que estão sendo emplacados, os oriundos de outros estados e aqueles que têm placas pintadas, que já não podem mais circular com elas”, diz o diretor de Controle de Condutores e Veículos, Uelson Praseres.
Segundo o Detran, esse tipo de item adicional de segurança fica a cargo de cada estado. No Amazonas e no Espírito Santo, por exemplo, o QR Code já é usado nas placas, e em Pernambuco, optou-se pelo código de barras tradicional. Por enquanto, a adição do código não vai gerar mudança no valor das placas.
Leitura de dados
Os QR Codes a serem instalados nas placas terão dois “níveis” de informação. Se o motorista usar um aplicativo comum, desses que podem ser baixados gratuitamente no celular, poderá conferir os dados de fabricação da placa, a sequência de letras e números e o local de emissão, por exemplo.
O código também vai armazenar dados pessoais do dono do veículo, mas essas informações só poderão ser abertas por equipamentos de fiscalização do próprio Detran. Com esse acesso, também será possível ver se o licenciamento está em dia, se o motorista está impedido de conduzir, entre outros dados.
O mesmo QR Code também será aplicado nos documentos do carro, e poderá ser conferido durante blitzes e fiscalizações de rotinas. Segundo o Detran, esse sistema pode ajudar a reduzir o índice de clonagem de veículos – por mês, o departamento recebe de 10 a 12 denúncias referentes a esse tipo de crime.
Novo sistema
O QR Code foi criado nos anos 1990 pela indústria automobilística, mas era usado apenas na identificação das peças dentro das fábricas, na linha de montagem. Nos últimos anos, aplicativos de celular passaram a ler alguns dos códigos, que vêm sendo usados para ações de marketing e comunicação.
Não existe um período específico para que as placas sem QR Code sejam penalizadas. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), portar placas em desacordo com as normas gera multa de R$ 130,16, quatro pontos na carteira e retenção do veículo.
Praseres também explicou ao G1 que, por enquanto, aquele modelo de placas sugerido para todo o Mercosul não tem data prevista para entrar em vigor. A previsão era de que a mudança começasse em 1º de janeiro de 2017, mas o Ministério das Cidades adiou a substituição por tempo indeterminado.
