Tutor de projeto social em Valparaíso vae ser investigado por agressão

A agressão a um jovem de 13 anos, atendido por um projeto social em Valparaíso (GO), é investigada pelo Conselho Tutelar, que levará o caso à polícia ainda hoje. Segundo a denúncia, a suspeita é de que o diretor da instituição seja o responsável pelo espancamento. O adolescente recebeu atendimento no Hospital Regional do Gama.
O garoto não tem frequentado as aulas e tinha fugido de casa há um mês. Então, foi encontrado pelo instituto e por ali ficou, pois já não queria mais voltar para casa. Segundo S., avó e responsável legal pela guarda de João, o menino tinha problemas de comportamento, mas sempre ajudou em casa. Ela assegura que ele estava fumando enquanto esteve na instituição. “Em casa tem regras, não é? Ele estava solto nesse abrigo, deve ser por isso que não queria voltar”, destaca.
Ela acredita que o neto seja um menino bom, apesar de não querer estudar. “Só que se ele se envolve com más companhias, já quer fumar, roubar, fazer coisa errada”, alega. A mulher procurou o Conselho Tutelar para que eles a auxiliassem a cuidar dele, por estar preocupada com os outros cinco netos que tem para criar também.
A avó de João aponta que o suspeito a procurou antes mesmo de ela ficar sabendo e disse não ter nada a ver com isso. “Mas por que uma criança de 13 anos iria mentir sobre essa agressão?”, questiona. O menino fará novo exame na semana que vem para avaliar a necessidade de uma cirurgia no braço.
O suspeito da agressão foi ouvido pela reportagem. Segundo ele, João estaria frequentando aulas e demorava a retornar para o abrigo. “E de repente publicaram nas redes sociais informações sobre a agressão, e para mim só chegaram as acusações”, relata.
O homem acredita que João esteja protegendo alguém e com medo de ser ameaçado. Ele informa que, conforme uma funcionária do abrigo, na semana passada um rapaz invadiu a instituição querendo uma faca, falando que João tinha pego, e xingou a assistente social.
“Toda criança, quando é proibida de algo, culpa a mãe. Acredito que ele esteja fazendo isso”, analisa.
De acordo com ele, a instituição sobrevive por conta própria, custeando os cursos e todas as atividades que acontecem por lá, para atender os jovens em situação de vulnerabilidade.
O procedimento do conselheiro, agora, será registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil, apresentar relatório à Vara da Infância e Juventude e ir ao IML.
