GDF cria grupo para apurar denúncias da Lava Jato


Motivado pelas delações de ex-executivos da construtora Odebrecht para Operação Lava Jato, o governo Rollemberg (PSB) criou o Grupo de Ações Integradas de Controle (GAIC) para aprofundar as investigações em quatro obras públicas bilionárias no Distrito Federal. As falas dos empresários colocaram em xeque a credibilidade e a legalidade da construção do Centro Administrativo do DF, a reconstrução do Estádio Nacional Mané Garrincha e os projetos do BRT-SUL e Jardins Mangueiral. O GAIC será coordenado pela Controladoria-Geral do DF.
O dano financeiro total ainda não foi consolidado. No caso do BRT-SUL, que ainda não está concluso, os cofres públicos sangraram em R$ 169 milhões. A Terracap por outro lado identificou o prejuízo de R$ 1,3 bilhão. O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, não descarta a possibilidade do GDF buscar o ressarcimento dos cofres públicos por meio de tomadas de contas especiais. Além das investigações, o GDF também contará a ferramenta dos acordos de leniência, caso as empresas decidam apresentar propostas de colaboração.
Para evitar novas futuros ataques ao erário, o GDF também investirá em ações de prevenção, criando grupos de gestão de risco em secretarias, empresas, autarquias e demais órgãos públicos. Além disso, o Executivo passou a fazer inspeções preventivas em novas compras.
