Sandra Faraj é denunciada por estelionato

O Ministério Público do DF (MPDFT) denunciou a deputada distrital Sandra Faraj (SD) nesta segunda-feira (12) pelo crime de estelionato. A denúncia aponta que a parlamentar, que corre o risco de perder o mandato na Câmara Legislativa, usou do expediente para recebimento de reembolso no valor de R$ 174 mil da verba indenizatória a quem tem direito na Casa. O valor era referente à prestação de serviços de publicidade e informática, mas não teria sido pago integralmente à empresa Netpub Ltda. Assim, ela teria obtido vantagem ilícita no valor de R$ 142.140.

Segundo o MPDFT, a distrital obteve, de forma voluntária e consciente, a vantagem ilícita por pelo menos doze vezes, entre março de 2015 e março de 2016. Na denúncia, foi pedido que a parlamentar seja condenada ao pagamento do valor mínimo de R$ 200 mil para reparação à Administração Pública, além da convocação de novas testemunhas.

Segundo a vice-procuradora-geral de Justiça, Selma Sauerbronn, “outros fatos envolvendo a deputada Sandra Faraj continuam sendo investigados no âmbito da vice-procuradoria”.

Em nota, o gabinete da deputada distrital diz que “o Ministério Público erra ao oferecer denúncia contra a deputada Sandra Faraj”. E diz que “ela é vítima de uma armação feita por funcionários demitidos do gabinete”. Conforme o texto, “a deputada confia que o Poder Judiciário saberá aplicar a justiça nesse caso”.

Entenda o caso

Em abril, promotores de Justiça do MPDFT cumpriram oito mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva no âmbito da Operação Heméra (o nome tem origem na mitologia grega e significa a deusa da mentira). Os alvos da operação foram a deputada distrital Sandra Faraj; o suplente de senador do DF e pastor evangélico da igreja Ministério da Fé, Fadi Faraj, além de servidores comissionados do gabinete da deputada. Foram realizadas buscas na casa da distrital, em seu gabinete na Câmara Legislativa e no escritório administrativo da Igreja Ministério da Fé.