Reconstrução mamária dá nova vida a pacientes com câncer

Fátima, Silvana, Elisangela. Elas não se conhecem, mas têm muito em comum: um histórico de câncer de mama, muita vontade de viver e bom humor para lidar com todos os percalços que precisaram passar desde a descoberta da doença. Elas fazem parte do universo de 60 mulheres que passaram pelos mutirões de reconstrução mamária e mastectomia realizados pela Secretaria de Saúde durante o mês de outubro.

Foi fazendo um autoexame que a dona de casa Elisângela Maria de Oliveira, 38 anos, sentiu um caroço duro na mama esquerda, ainda em 2013. “Comecei o acompanhamento no HUB, fiz algumas sessões de quimioterapia e me encaminharam para o Hospital Regional de Taguatinga, onde fiz a mastectomia em 2015 e a primeira reconstrução em 2016”, conta ela, que foi uma das beneficiadas do último mutirão do Hospital Regional da Asa Norte, com uma nova reconstrução.

“A descoberta foi bem difícil. Cheguei em casa, ajoelhei chorando e minhas duas filhas vieram até mim. Foram elas e Deus que me deram força”, lembra, chorando. “Mas hoje estou super feliz, “siliconada’ e com a doença estabilizada”, brinca Elisângela, vestida de rosa para lembrar a importância das ações realizadas em Outubro.

Porém, quando fez a mastectomia, conta ter sido duro passar a mão e sentir apenas um seio. “Quando tirou a faixa, eu não conseguia me olhar no espelho. Mas uma enfermeira do HRT me deu muito apoio e falou comigo sobre a reconstrução”, relembra.

Elisângela conta que, no dia da cirurgia, viu quantas mulheres estavam felizes por estarem fazendo a reconstrução. “Todas comentavam da importância de colocar o silicone e tudo pela secretaria. Sem os seios, não há roupa que fique boa. Com a reconstrução, a autoestima levanta”, diz.

VOLTA POR CIMA – Até chegar à reconstrução mamária, a manicure Silvana Silva Costa passou por seis sessões de quimioterapia, uma mastectomia e um período de depressão. Vaidosa, viu os cabelos caírem e teve de conviver por um tempo com apenas um dos seios até conseguir fazer a implantação da prótese.

“Meu ex-marido me abandonou, passei por um período de muita luta, mas continuei firme e hoje volto a me sentir bonita”, relembra.

Há um ano ela passou pelo primeiro procedimento de reconstrução mamária. “Mas tinha o sonho de reconstruir o bico do seio e neste ano, durante o mutirão do Outubro Rosa, o HRT me chamou e realizou meu sonho”, conta a jovem. “Fui muito bem tratada por toda a equipe do hospital, onde faço acompanhamento. Já tirei os pontos e volto a trabalhar esta semana”, comemora.

fonte:

Alline Martins, da Agência Saúde

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *