PCDF prende quadrilha que roubava e sequestrava caminhoneiros

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta segunda-feira (9/7), um dos maiores adulteradores de veículos da capital federal e do Entorno. Ronald Alessandro da Silva, 48 anos, foi alvo da Operação VW 150. Ele é acusado de integrar uma quadrilha que roubava, mediante restrição de liberdade das vítimas, caminhões de alto valor. A investigação foi conduzida pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri).
Delegados e agentes da especializada cumpriram sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em Planaltina (DF), onde Ronald mora, no Novo Gama, Valparaíso e São Gabriel, municípios de Goiás.
As investigações tiveram início a partir de um roubo com restrição de liberdade que ocorreu em novembro do ano passado. À época, os policiais da Corpatri localizaram o veículo – cujo o modelo dá nome à operação – na região de São Gabriel.
O motorista foi abordado em Valparaíso, no Entorno do DF, e chegou a ficar em poder dos criminosos armados por cerca de oito horas, período em que o caminhão foi levado ao receptador, que também foi alvo de prisão. O cativeiro era no Jardim Ingá, na mesma região.
“É um grupo que agia sob encomendas. Identificamos que o assalto de 2017 foi feito a mando de Ronald. Na casa dele, encontramos quatro caminhões adulterados e diversos equipamentos usados para cometer as fraudes. Ele tem uma extensa ficha criminal e já era conhecido por praticar, quase que com perfeição, as adulterações”, explicou o delegado da Corpatri Eduardo Alencastro Filho.
Todos os presos responderão por roubo com restrição de liberdade. Durante as buscas, um outro caminhão foi apreendido em São Gabriel (GO), totalizando cinco veículos adulterados. Cada um é avaliado em, pelo menos, R$ 150 mil.
Quadrilhas armadas
A Polícia Civil, por meio da Corpatri, vem desarticulando quadrilhas que atuam no roubo de veículos de grande porte. Em dezembro do ano passado, foi deflagrada a Operação Alto Luxo, que levou 13 criminosos para a cadeia.
Segundo os investigadores, os acusados rendiam os motoristas dos caminhões e os levavam para um carro que sempre acompanhava a quadrilha. O local preferido era a BR-020. A partir daí, um dos assaltantes assumia a direção do veículo roubado e seguia para uma chácara na DF-105, em Planaltina (DF).
As vítimas permaneciam em uma região isolada e com muito mato. Sempre acompanhadas de um dos bandidos. Elas só eram liberadas após a ocultação do veículo e das cargas transportadas. A Polícia Civil apurou que o grupo vendia as mercadorias por um valor abaixo daquele declarado nas notas fiscais.
Os compradores, geralmente, eram comparsas que já faziam parte do esquema como comerciantes ou intermediários responsáveis por negociar a carga roubada com empresários do Distrito Federal e de Goiás.
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