Jornalista bêbado que furou blitz e atropelou agentes é solto
O repórter Paulo Vitor Gomes dos Santos, 32 anos, conhecido como Tatuzinho, deixou a prisão mediante o pagamento de R$ 3 mil. A decisão foi tomada pela juíza Lorena Campos, da Primeira Vara Criminal de Brasília, durante a audiência de custódia realizada na manhã desta segunda-feira (24/9).
A magistrada ressaltou que o fato “envolve circunstâncias graves”, tendo em vista que o jornalista, na madrugada de domingo (23), passou por cima da “cama de faquir”, não parando na blitz. Em decorrência disso, colidiu com outros veículos “causando danos expressivos às vítimas”. Um dos agentes do DER foi arrastado pelo carro do jornalista, que capotou. A vítima ficou embaixo do automóvel.
A Justiça definiu, ainda, que o autuado não pode mudar de endereço ou sair da cidade sem prévia comunicação. Ele também deve manter atualizados nos autos todos os seus dados pessoais, em especial telefone, endereço residencial e profissional.
Ao Metrópoles, o advogado de Paulo Vitor, Mauro Pires, confirmou o pagamento da fiança e disse que o jornalista reconhece que ingeriu bebida alcoólica e se assustou ao ver a blitz. “Ele temia por constrangimentos até mesmo pela condição de repórter. Se desesperou, acelerou e subiu no meio-fio. Na verdade, ele não se lembra direito da dinâmica do acidente”, contou. Sobre a volta ao trabalho, o advogado acredita que o cliente receba alguma licença e ficará afastado da emissora.
Sobre o acidente
O repórter bateu em cinco carros que estavam parados e feriu três agentes de trânsito do DER. O acidente ocorreu por volta de 2h de domingo (23), na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) Sul, altura do ParkShopping.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Paulo Vítor Gomes dos Santos, condutor do Chery vermelho placa 4326-DF, ignorou a ordem de parada e passou por cima dos cones. O motorista perdeu o controle do automóvel, colidiu com veículos de pessoas que estavam fazendo teste de alcoolemia e capotou.
Paulo Vítor se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas no Instituto Médico Legal (IML) constatou-se que ele estava sob influência de álcool. Após ser atendido no Instituto Hospital de Base de Brasília (IHB) se queixando de dores no tórax, ele recebeu voz de prisão e foi conduzido à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
Apesar de um agente do DER ter ficado embaixo do carro do condutor bêbado, ele não se feriu com gravidade. Os outros dois servidores do órgão também apresentaram apenas escoriações.