Na internet, pessoas vendem créditos do cartão material escolar

Relançado em solenidade realizada em Santa Maria na última terça-feira (30/04), o Cartão Material Escolar já é alvo de mau uso. Uma imagem que viralizou na internet mostra uma pessoa tentando vender os créditos pelas redes sociais.
No texto publicado em uma página do Setor “O”, de Ceilândia, o autor afirma que recebeu R$ 1.060,00 em créditos no cartão e não conseguiria utilizar o valor dentro do prazo de 45 dias.

O post provocou reações imediatas de autoridades. O governador Ibaneis Rocha (MDB) se mostrou indignado com a situação. “Isso não pode acontecer”, diz o chefe do Executivo. “O benefício foi pensado exclusivamente para ajudar estudantes de famílias mais carentes a comprarem todo o material necessário para suas atividades escolares. Não vamos admitir isso”, prossegue.
Também pelas redes sociais, o secretário de Educação, Rafael Parente, se prontificou a receber denúncias quanto a fraudes no sistema. Segundo o gestor, todas as denúncias serão encaminhadas à Polícia. “A corrupção se tornou um valor no Brasil e isso precisa ser mudado com respeito às nossas regras e leis”, desabafa.
A autora do Projeto de Lei, Jaqueline Silva, também se manifestou em apoio ao GDF. “Vamos fiscalizar, denunciar fraudes e garantir que o CME [Cartão Material Escolar] seja usado da maneira correta.”
O Cartão Material Escolar
O programa Cartão Material Escolar voltou a funcionar via projeto de Lei em abril deste ano. Papelarias pré-cadastradas vendem os materiais para beneficiários do programa Bolsa Família, que recebem um cartão específico para realizar suas compras. Os valores variam entre R$ 240 e R$ 320 reais, dependendo da escolaridade do aluno beneficiado. A estimativa do programa é atender mais de 60 mil pessoas.
