Artigo: Lockdown, uma medida necessária
O governador Ibaneis Rocha decretou, no último dia 26 de fevereiro, um lockdown mais rígido em todo o Distrito Federal. De acordo com o decreto nº 41.842, publicado em edição extra do Diário Oficial daquele dia, toda a atividade considerada não essencial deverá ficar fechada.
A medida foi considerada polêmica por conta do momento econômico que estamos vivendo, com altas no preço dos combustíveis e alimentos. Segundo a Secretaria de Saúde, havia mais de 99% dos leitos de UTI ocupados. Sei que a manutenção de empregos e geração de renda é tão fundamental quanto a garantia da assistência de saúde. Mas, apesar de dura, a atitude não foi adotada de maneira aleatória e eu posso provar.
A grande população deixou de lado os cuidados necessários para evitar a propagação da Covid-19. Ou seja, voltou a se reunir em grandes aglomerações, sem uso de máscaras ou adoção de distanciamento social.
Um exemplo bem marcante foi na última rodada do Campeonato Brasileiro, onde o Flamengo acabou se sagrando campeão de 2020. Apesar de ser flamenguista “roxo”, eu não aprovei a comemoração do título da forma que aconteceu.
As pessoas precisam entender que está em suas mãos o combate ao vírus. Por mais que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja negacionista, a população é que tem o poder de evitar a proliferação dessa doença.
O presidente, aliás, também não é um exemplo a ser seguido. Incentivou aglomerações, não usando máscaras e negando a gravidade da doença, além de negligenciar na compra da vacina. Em um evento na cidade de Caucaia, no Ceará, disse que o estado que adotasse lockdown teria de pagar o Auxílio Emergencial.
Portanto, eu não considero a medida de lockdown descabida. Ela foi tomada na hora certa, pelo governador Ibaneis Rocha, antes que o sistema de saúde não pudesse mais absorver ninguém. Só resta a nós colaborarmos para que esse momento difícil passe logo.