Brasiliense é atual vice-campeão mundial e brasileiro de Jiu Jitsu
Aos 15 anos, o menino “gordinho e atrapalhado”, como Diego Almeida se descreve, conheceu o jiu jitsu. O atleta, hoje com 19 anos e que começou a lutar sem nenhuma pretensão, conta que tinha dificuldades para realizar os movimentos e golpes, apanhou muito e treinou mais ainda. A brincadeira virou paixão e, a cada dia, a dedicação e vontade de aprender cresciam e, assim, o jovem começou a colecionar medalhas. A mais recente e também mais importante veio no mês passado, quando se tornou vice-campeão mundial da modalidade, em Abu Dhabi.
Para conquistar o título, o lutador teve apoio do “Compete Brasília”. O programa do GDF fornece transporte, aéreo ou terrestre, para que os atletas representem a capital federal no Brasil e no mundo.
“A vida de atleta é difícil. Se não fosse o programa, que ofereceu as passagens, eu não teria ido para Abu Dhabi, porque o custo é muito alto. Com o valor que gastaria na passagem, eu investi na hospedagem e no transporte na cidade”, ressaltou o atleta faixa azul, da categoria peso médio adulto.
Após ganhar a medalha de prata no Campeonato Mundial, Diego subiu ao pódio e mostrou o Brasil para o mundo. “Foi uma sensação muito legal. Quando chamaram meu nome, falaram Diego Almeida do Brasil, subi ao pódio com uma bandeira do Brasil. Desceram algumas lágrimas e pensei: o menino gordinho que entrou outro dia no jiu jitsu está representando o país entre os três melhores do mundo, em um campeonato muito disputado”, enfatizou, emocionado.
Sem descanso, o atleta seguiu para mais uma disputa, também com o apoio do “Compete Brasília”. Foi em busca do ouro no Campeonato Brasileiro em Barueri, no interior de São Paulo, realizado nesta quinta-feira (1º). “Vim confiante, mas sem subestimar ninguém. Cheguei para fazer o meu trabalho e dar o meu melhor”, afirmou Diego, que representou Brasília no pódio como vice campeão brasileiro.
O atleta, que hoje treina na academia CEI Jiu Jitsu, pelo projeto social Indo à Luta, relembrou, com emoção, o início da sua carreira. “Quando entrei na academia era um moleque gordinho que só queria saber de comer besteira. Entrei por entrar, depois que um amigo meu me chamou para treinar em uma academia no Recanto das Emas, com o professor Baudoc. Fazia judô na escola e achei que ia me dar bem no jiu jitsu. Cheguei ao primeiro treino e levei uma porrada, mas gostei demais e estou até hoje”, afirmou.
Se engana quem pensa que a vida de um lutador é fácil. Diego treina em média nove horas por dia, precisa fazer uma alimentação balanceada e tem que abrir mão de feriados, finais de semana e festas. “A preparação é muito intensa. Treino muito para conquistar esses títulos, com preparação física e de jiu jitsu. Não tive Natal, ano novo e nem finais de semana”, contou, ao lembrar que o esforço vale a pena. (Por: Vaneska Freire, da Agência Brasília)