Agnelo deseja ‘boa sorte’ para Rollemberg no governo do DF

Petista ficou em terceiro lugar na eleição e não disputou o segundo turno.
Ele declarou que votou nulo; candidato do PSB teve 55,56% dos votos.

Agnelo Queiroz após o voto neste domingo (5) (Foto: Reprodução/TV Globo)
Agnelo Queiroz após o voto neste domingo (5) (Foto: Reprodução/TV Globo)

O governo do Distrito Federal informou que Agnelo Queiroz (PT) ligou para Rodrigo Rollemberg (PSB) para parabenizá-lo pela vitória nas urnas e desejar boa sorte. Além disso, de acordo com a assessoria, ele se pôs à disposição para dar as informações durante o governo de transição.

Atual senador pelo DF, Rollemberg venceu o oponente, Jofran Frejat (PR), com 55,56% dos votos. Entre as propostas dele estão a adoção do turno integral em todas as escolas públicas, a redução do número de secretarias de governo, a implantação do bilhete único para transporte coletivo e a escolha de administradores regionais por meio de eleição.

O governador eleito também defende uma gestão baseada na estipulação de metas e no acompanhamento de resultados.

Mais cedo, o atual gestor havia dito que anulou o voto para escolha do seu sucessor ao Palácio do Buriti. O petista votou às 10h30 no Centro de Estudos Supletivos Asa Sul (Cesas), na 602 Sul.

“Estou deixando que a nossa população faça sua escolha. Votei nulo porque não confio em nenhuma das duas candidaturas. Portanto, vim aqui dar meu voto à presidente Dilma, porque acho que o Brasil tem que continuar mudando e para melhor”, afirmou na ocasião.

A votação nas 6.452 seções eleitorais da capital do país começou às 8h e terminou às 17h. Ao fim do pleito, dez pessoas haviam sido presas por boca de urna e 116 urnas eletrônicas tinham sido trocadas.

Rollemberg atingiu 45,23% dos votos e disputou todo o segundo à frente nas pesquisas de intenção de voto.
Rollemberg atingiu 45,23% dos votos e disputou todo o segundo à frente nas pesquisas de intenção de voto.

Rollemberg assumiu a liderança da disputa para o Palácio do Buriti na reta final do primeiro turno, após a renúncia da candidatura de José Roberto Arruda (PR), que não conseguiu reverter a condenação por improbidade que o deixou na condição de ficha suja. A condenação se deu por conta da participação dele no esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM.

No primeiro turno, Rollemberg atingiu 45,23% dos votos e disputou todo o segundo à frente nas pesquisas de intenção de voto.

Frejat se reuniu com cabos eleitorais e com a candidata a vice-governadora Flávia Arruda (PR) no comitê central da campanha, minutos após o fim da apuração e também parabenizou Rollemberg. “Cumprimento aqui, publicamente, o meu adversário pelo sucesso na eleição. Não importa quem ganhe, somos todos passageiros. O importante é que Brasília seja bem governada”, afirmou Frejat.

A disputa inicial envolvia seis candidatos. Além de Rollemberg e Frejat, tentavam a eleição o atual governador Agnelo Queiroz (PT), Luiz Pitiman (PSDB), Toninho (PSOL) e Perci Marrara (PCO).

Primeiro discurso
Em seu primeiro pronunciamento como governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou neste domingo que assume o Distrito Federal com um rombo de R$ 2,1 bilhões e convicto de não ser “o salvador da pátria”.  Ele acompanhou a apuração no apartamento da mãe dele, na Asa Sul. Durante o discurso, Rollemberg ainda citou o ex-presidenciável Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo durante a campanha.

A situação do DF é realmente muito difícil. Existe um déficit já assumido pelo atual governo e publicado no Diário Oficial de R$ 2,1 bilhões. Nós vamos estudar agora com a transição, tendo acesso a todos os dados do DF, quais são as medidas que nos permitirão equilibrar financeiramente o DF. Sabemos que o DF tem uma dívida a receber em torno de R$ 20 bilhões, queremos fazer uma renegociação desta dívida para que possamos receber parte dela já no ano que vem”, declarou. “Tenho convicção de que não sou o salvador da pátria, mas que com o apoio da população vamos resgatar o sonho de JK.”

Por telefone, a assessoria do GDF negou a existência da dívida. “Durante o governo de transição, o governador eleito vai ter oportunidade de conhecer todos os dados, números, com relação a quanto o GDF arrecada e quanto gasta com pessoal, custeio e obras. Nesse momento ele vai perceber que não existe déficit”, disse o secretário André Duda.

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