Irmãos do crime são presos e logo ganham a liberdade

Dr. Suenilson Sá: “As prisões foram totalmente arbitrárias, houveram excessos inadmissíveis”

Não deu tempo nem de esquentar a cela. Horas depois de serem presos por uma equipe do Comando de Operações de Divisas da Policia Militar de Goiás em conjunto com o  Tático Operacional Rodoviário (TOR)  PMDF e encaminhados a 16ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, cinco irmãos acusados de cultivarem maconha ganham a liberdade. A lavoura de drogas funcionava em uma chácara da região de Planaltina-DF.                

Os irmãos do crime, segundo a Polícia, conseguiram queimar parte da maconha que já havia sido colhida. “Por existir um ponto estratégico na propriedade com vista que favorecia quem entrava na estrada vicinal que dava acesso à Chácara, os irmãos criminosos, ao avistarem as viaturas chegando, conseguiram queimar a maior parte da maconha que já estava colhida, sendo possível observar fumaça densa com odor de maconha e cinzas”, esclareceu a PM-GO em sua página na internet.

Ainda segundo a PM, além do entorpecente, na propriedade rural foram localizadas 20 munições intactas, luneta de visão noturna, um aparelho roubado, dois rádios comunicadores portáteis e uma balança de precisão. Depois do flagrante os indivíduos foram conduzidos à 16ª DP da PCDF, local em que foram autuados por tráfico de drogas, associação para o tráfico, receptação de celular roubado e posse ilegal de munições e acessórios bélicos.

Advogados

O Dr. Suenilson Saulnier de Pierrelevée Sá, sócio do escritório “Sá & Bonansea Advogados Associados”, que representa os cinco irmãos suspeitos, disse a nossa reportagem “as prisões foram totalmente arbitrárias, houveram excessos inadmissíveis, indícios de torturas, e vamos provar em juízo a inocência dos nossos clientes”. Após os pedidos da defesa, os cinco irmãos foram colocados em liberdade provisória, e responderão soltos a ação penal.

Já a Dra. Lisandra Bonansea, também sócia do escritório que representa os cinco rapazes, acredita que os fins, não podem justificar os meios. “O respeito às leis cabe ao cidadãos e as autoridades, em tese se os segundos a desrespeitam como rotina, viveremos em barbárie”.

As investigações irão continuar intensamente, até  porque as equipes especializadas da PCDF que assumirão o caso não se conformaram  com a soltura pela justiça da gangue de irmãos, e também porque estão  apurando a participação efetiva de outros irmãos da mesma família na organização criminosa presa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *