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Corpo de menina morta após alta dose de adrenalina no DF é enterrado

Do G1 DF

Ministério Público do DF, Secretaria de Saúde e CRM investigam o caso.
Menina de 1 ano e 7 meses tomou 3,5 ml de adrenalina por causa de alergia.

Foi enterrado na tarde desta quinta-feira (24) na Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal, o corpo da menina de 1 ano e 7 meses que morreu no Hospital Regional de Santa Maria depois de ter tomado 3,5 mililitros de adrenalina no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Tanto a Secretaria de Saúde quanto o Conselho Regional de Medicina (CRM) do DF abriram investigação para apurar o caso.

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) informou que também vai investigar a morte. De acordo com o promotor Diaulas Ribeiro, o atestado de óbito não conclui a causa da morte. “Vamos ouvir, num primeiro momento, a equipe de enfermagem do HMIB, porque é neste momento que surge o fato dado pela família como causador da morte, quando a criança é medicada”, disse Ribeiro.

De acordo com a família da menina, ela tinha sido levada para o HMIB no domingo (20) com uma irritação na pele. “Ela apresentava manchas pelo corpo, uma espécie de alergia que eles não sabiam do que era, mas não estava incomodando em nada ela”, disse a mãe da menina, Jane Formiga.
O prontuário aponta que a médica que fez o atendimento prescreveu 3,5 mililitros de adrenalina. De acordo com a mãe da criança, um enfermeiro estranhou a dosagem e avisou à mãe da paciente. Ainda conforme o relato da mãe, a médica foi questionada, mas confirmou a aplicação. A menina começou a passar mal poucos minutos depois e foi transferida na madrugada de segunda-feira para o Hospital de Santa Maria
O Secretário de Saúde, Rafael Barbosa, afirmou que a conduta da profissional vai ser analisada. “Houve uma prescrição, uma dose acima do preconizado, que provavelmente levou ao óbito dessa criança”, disse o secretário.
O CRM informou que o presidente da entidade, Iran Cardoso, não vai participar da investigação do conselho. De acordo com a assessoria de imprensa do CRM, ele decidiu se afastar da investigação por ser pai da pediatra suspeita de ter prescrito o medicamento para a criança.

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