Carlinhos Piauí deixa obra e muita saudade
A música, a poesia e a cidade do Gama estão tristes com a morte de Carlos Augusto da Silva, o Carlinhos Piauí, ocorrida na segunda-feira (4). O artista tinha 50 anos de idade e estava internado no Hospital de Apoio de Brasília. Em nota, o administrador Regional do Gama, Marcio Palhares, lamentou a morte de Carlinhos, que ocupou por dois anos a diretoria social da regional.
Nascido em Teresina (PI), no ano de 1963, e radicado em Brasília desde 1974, começou sua história com a arte em 1978, quando descobriu sua aptidão pela música. Em 1980 já fazia parte do grupo Sertão, com quem gravou, num compacto duplo, a canção vencedora no Festival de Canção da Cidade do Gama. Oito anos depois, ingressou na Escola de Música de Brasília para estudar percussão.Bem influenciado por menestréis como Jackson do Pandeiro, Ivanildo Vila Nova, Luiz Gonzaga, Alceu Valença e outros defensores da cultura popular, Carlinhos Piauí trazia na bagagem a história do seu povo e seus costumes; as lendas, os folguedos, a alegria e o sofrimento de sua gente. Sua linguagem artística era o folclore das diversas regiões do Brasil; a peleja identificada pelo cordel e pelo palavreado do sertanejo.Carlinhos Piauí realizou shows em Brasília e cidades circunvizinhas, onde fez brilhar suas mensagens. Gravou seu primeiro CD intitulado “Conterrâneas” em 1999 e em 2001, veio o segundo: “Estradas e Terreiro”. O último CD intitulado “Sertão de Cabo a Rabo”, teve grande aceitação de público e crítica.