Entrevista com Rafael Barbosa
A saúde pública do Distrito Federal está sendo recuperada através de ações concretas do governo Agnelo Queiroz. O Gama, por exemplo, nos últimos dias teve a atenção especial do próprio governador e também o secretário de Saúde, Rafael Barbosa. O GDF reformou dois postos e ainda entregou novos leitos no Hospital do Gama. Barbosa conta que a satélite ganhará uma UPA, uma clinica da família e um Centro Psicossocial. Ele, em entrevista exclusiva ao O Democrata, ainda revela que o novo hospital do Gama será erguido próximo a Santa Maria e não mais ao lado da UnB. O velho HRG pode ser federalizado para atender exclusivamente a população do Entorno. Confira os principais trechos da entrevista de Rafael Barbosa.
Jornal O Democrata: Além das recentes inaugurações, há outras novidades na área de saúde para o Gama?
Rafael Barbosa: O Gama ainda vai ganhar uma UPA-3 (Unidade Pronto Atendimento), que será construída em uma área da secretaria de Saúde no Setor de Oficinas do Setor Leste – em frente a antiga LBA-, a unidade atenderá até 300 mil habitantes. Também vamos construir um Caps (Centro de Atendimento Psicossocial) e uma clínica da família. Em breve vamos inaugurar um Posto de Saúde próximo ao Engenho das Lajes na antiga estrutura da Secretaria de Fazenda. As obras da UPA, do Caps e da Clínica da Família só dependem da liberação do Tribunal de Contas. Até o meio do ano tenho certeza que as obras vão começar.
E em relação à grande e a guardada obra…
A grande obra do governo Agnelo é a construção do novo hospital do Gama, com 500 leitos. Tudo indica que até julho devemos concluir o processo licitatório do hospital, que será o mais moderno do DF e de grande porte. Tudo isso faz parte do esforço do governador em recuperar a saúde pública, especialmente do Gama que tem um papel muito importante, já que não atende só a sua população, e também atende pacientes do Entorno.
E para o resto DF, quais as obras previstas?
A curto prazo construiremos no DF seis UPA’s -incluindo a do Gama-, e o hospital. Ala de Traumas do Hospital de Base de Brasília que será um novo Hospital dentro da estrutura do HBB, com 250 leitos. Além disso, vamos entregar até o final do ano a segunda etapa do Hospital da Criança, na parte de internação, com 200 leitos. Também devemos construir 30 clínicas da família. É um investimento muito grande na recuperação da rede física da saúde. Muitas obras serão executadas através de Parceria Pública Privada.
O novo Hospital do Gama será construído em que local?
Inicialmente estava previsto para ser construído próximo ao Campus da Universidade de Brasília, mais fomos obrigados a deslocá-lo para próximo a saída de Santa Maria.
Mesmo correndo risco de ser demolido, o atual HRG continua recebendo investimentos. Não é incoerência inaugurar reformas numa unidade que pode ser desativada?
Não podemos parar o sistema de saúde e por isso que fazemos os investimentos necessários, como por exemplo, concluindo os 20 leitos de UTI. Quero contar uma novidade: – Existe a possibilidade grande de o Gama ter dois hospitais. O antigo pode se transformar num hospital federal para que possa atender toda a população do Entorno. A proposta já está sendo estudada pelo governador Agnelo, que vê com grande simpatia a ideia. Será um passo muito grande para agente resolver de vez a questão do Entorno.
Quanto o hospital de Santa Maria, ainda opera com dificuldades?
Quando recebemos o Hospital de Santa Maria ele tinha 50% de sua capacidade. Hoje eu diria que ele opera com 90% de sua capacidade. Os 10% se completam agora com a contratação de novos profissionais e com a ativação de uma ala com mais 20 eleitos
Quando a saúde das cidades da região do Entorno?
O Governo Federal já tomou a decisão de concluir os hospitais de Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas e reformular o hospital de Valparaíso. O Ministério da Saúde ainda pretende construir UPAS em várias cidades do Entorno. Hoje, cerca de 70% dos atendimentos feitos no HRG são de pacientes do Entorno, só que temos que tendê-los com muita dignidade e respeito, porque são irmãos.
Qual a participação do governo de Goiás para melhorar o sistema de saúde do Entorno?
A colaboração do Governo de Goiás para melhorar a saúde do Entorno é zero. Zero, zero, zero… Eles não têm nenhuma ação concreta em relação à população do Entorno. Um exemplo é a questão da dengue, onde tivemos que ir pra dentro da Região e fazer campanhas e mutirão. Recentemente entregamos 15 mil kits para fazer diagnostico rápido da dengue.
É assim mesmo?
O governo (de Goiás) não tem compromisso com o povo. Agora, o governo Agnelo tem compromisso com a região e vamos continuar fazendo as nossas ações, para melhor atender a população das cidades próximas ao DF.
Seu nome é bem visto em vários segmentos, não só na área de saúde. O senhor será candidato a deputado federal em 2014?
O meu projeto político principal é a reeleição do governador Agnelo Queiroz. Agora, sou filiado a um partido político. O meu nome está à disposição da sigla.