Mané Garrincha é arena multiuso
O Estádio Nacional Mané Garrincha se prepara para receber grandes shows internacionais, como Beyoncé e Aerosmith, e se firma como uma arena multiuso que traz benefícios para o Distrito Federal.
A ideia de que o espaço viraria um elefante branco ficou para trás, tanto que foram realizados três jogos de futebol com times consagrados no Brasil, como Flamengo e Vasco, hoje, que levou 61.767 torcedores ao local.
“Poucos lugares no país têm as mesmas condições que o DF. A arena é bem gerenciada e o recurso público é bem aplicado”, disse o secretário Extraordinário da Copa no DF, Claudio Monteiro, em entrevista à rádio CBN.
O primeiro jogo do Brasileirão entre Flamengo e Santos, realizado em maio, foi o evento teste para a Copa das Confederações e gerou a maior bilheteria registrada no futebol brasileiro, R$ 7 milhões, e o maior número de torcedores, 63 mil pessoas.
Para Monteiro, a boa média de público é resultado da alta renda per capita da cidade. A partida de hoje rendeu R$ 4,71 milhões em bilheteria, sendo mais de R$ 500 mil ao GDF.
“Brasília tinha todos os ingredientes, mas faltava um espaço adequado”, avaliou o secretário em reportagem do jornal Zero Hora, que destacou a importância da arena e como ela movimenta a economia da cidade.
SEGUNDA CASA – Durante a partida deste domingo, que terminou 1 x 0 para o Flamengo, o governador Agnelo Queiroz recebeu do presidente do time vitorioso, Eduardo Bandeira de Mello, uma camisa confirmando que Brasília se tornou a segunda casa da equipe. Os telões do estádio também avisaram os torcedores sobre o título.
“Brasília é hoje uma das principais praças de futebol do país, nós estamos criando uma cultura para o futebol. E isso mexe também com a economia da cidade, enche hotéis, bares, restaurantes. O Flamengo observou uma oportunidade, teve visão, por isso se adiantou, mas não será só ele, outros times e clubes de outros Estados também virão”, afirmou o governador.
Além do Flamengo, que já negociou outros cinco jogos na arena, o Fluminense também tem intenção de fechar o contrato com o estádio de Brasília, segundo informações do jornal O Globo, que também ressaltou, em reportagem, que a ideia de que o Mané Garrincha viraria um elefante branco foi superada.
“Brasília é um destino interessante, onde temos torcida. Já conversamos, mas não jogamos lá devido ao prazo. Tudo que precisamos é jogar sem ter altos custos com o campo e o governo do DF é bom de negociação”, afirmou para o jornal o superintendente-executivo do Fluminense, Jackson Vasconcelos.
SHOWS – Na área cultural, o Mané Garrincha provou ter todas as condições para promover grane eventos, como o Renato Russo Sinfônico que atraiu 45 mil pessoas e teve transmissão ao vivo no canal Multishow.
As próximas atrações confirmadas são internacionais, como a apresentação cantora americanas Beyoncé, marcada para 17 de setembro – para o qual mais de 20 mil ingressos já foram vendidos – , e a banda de rock Aerosmith, no dia 23 de outubro.
“A cidade tem interesse, quer participar, só faltava um instrumento para isso, agora temos esse instrumento”, relatou Monteiro.
A organização, segundo o secretário, é um dos diferenciais e em todos os eventos já realizados na arena, não houve nenhum registro de ocorrências graves. “Fizemos todos esses eventos e não tivemos nenhuma ocorrência, algo inédito no país. Sempre há pelo menos 1.500 policiais trabalhando nessa área, o que garante a segurança”, avaliou.
O governador considerou o sucesso dos eventos no estádio um mérito também da torcida brasiliense. “Quem fez o maior espetáculo foi a torcida que não parou. Foi ordeira, civilizada e alegre. Isso mostra, antes mesmo da Copa do Mundo, que temos uma torcida nacional, é literalmente o Estádio Nacional Mané Garrincha”.
Até junho de 2014, o GDF deverá lançar um edital de licitação para escolher a empresa que vai gerenciar a programação cultural e esportiva do espaço após a Copa do Mundo. (Com informações da Agência Brasília)