Mais de 3 mil trabalhadores rurais ocupam sede da Eletrobras, em RO
No final da manhã desta terça-feira (27), mais de 3,5 mil trabalhadores rurais ocuparam a sede da Eletrobras Distribuição Rondônia, em Porto Velho, impedindo os funcionários da empresa de sairem do local. A Polícia Militar e a Companhia de Operações Especiais (COE) foram acionadas para negociar a saída dos profissionais. A ocupação faz parte do movimento Grito da Terra, que é promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro). De acordo com a liderança do movimento, pelo menos cinco mil agricultores do interior do estado vieram para a capital.
Os manifestantes reivindicam no local uma reunião com representantes da distribuidora de energia elétrica para avaliar o programa federal ‘Luz Para Todos’, que, de acordo com a federação, não está atendendo às famílias. Outros trabalhadores estão acampados no prédio da Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para resolver assuntos relacionados a regularização agrária.
Operações Especiais, COE, estão no local para
negociar a liberação de funcionários
(Foto: Halex Frederic/G1)
O vice-presidente da Fetagro, Lázaro Dobre, disse que 82 ônibus, com cerca de 5 mil pessoas, vieram do interior do estado para capital a fim de reivindicar direitos sobre assuntos agrários na cidade. Mais de 3,5 mil pessoas ocuparam a sede da Eletrobras Rondônia, na Avenida Migrantes, para cobrar a distribuição de energia garantida no programa ‘Luz Para Todos’.
“São mais de 17 mil famílias da Zona Rural que estão sem energia suficiente para fazer trabalhos normais, como auxílio na produção rural, assistir televisão e, até mesmo, ter luz para iluminar a casa”, afirma Lázaro.
Dobre comentou que as trabalhadores permanecerão acompados no local até que a presidência da Eletrobras receba os represetante do movimento para discutir o problema.
O tenente da COE, Agleydson Cavalcante, explicou que a presença dos agentes foi solicitada devido o impedimento da saída dos funcionários. “É o direito de ir e vir das pessoas, e eles não podem impedir isso. Se eles querem fazer a manifestação deles, têm todo direito, mas que não afete o direito do próximo que não tem nada a ver com a situação”, afirma.