Confrontos em protestos deixam mortos e feridos no Egito
Partidários de Morsi enfrentam forças de segurança no Cairo nesta sexta-feira (30) (Foto: Mohamed El-Shahed/AFP)
Pelo menos uma pessoa morreu e dezenas ficaram feridas nesta sexta-feira (30) em enfrentamentos ocorridos durante alguns protestos convocados pelos islamitas no Egito, informou o Ministério da Saúde.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Mohammed Fathala, disse que um homem morreu na cidade de Port Said ao ser atingido por um tiro, enquanto a agência oficial Mena informou que há 18 feridos, três em estado grave.
Também aconteceram confrontos no Cairo, em Alexandria e nas cidades de Tanta e Mahala al Kubra, no delta do rio Nilo, o que fez com que policiais anti-distúrbios e unidades do Exército interviessem para dispersar os envolvidos.
Dois agentes também morreram em um ataque contra um posto policial em um bairro no leste do Cairo.
Garoto tenta pegar um pedaço de papel que queima durante confrontos de partidários da Irmandade Muçulmana com a polícia no Cairo. (Foto: Louafi Larbi/Reuters)
Partidários de Morsi foram às ruas apesar da segurança reforçada (Foto: Louafi Larbi/Reuters)
Na capital, aconteceram enfrentamentos no bairro de Mohandisin, na avenida principal de Gamat al Dawal al Arabiya, e na praça de Gizé, onde foram ouvidos disparos no meio de uma grande mobilização de policiais e militares.
Os islamitas realizaram várias concentrações no Cairo, mas a maioria teve pouca adesão, apesar da presença das forças de segurança, que com o apoio de blindados, interditaram as principais vias da cidade.
Enquanto isso, em Alexandria, os choques ocorreram entre os simpatizantes da Irmandade Muçulmana e a população local perto da orla da cidade.
Os serviços de segurança prenderam, além disso, 140 manifestantes islamitas na cidade de Banha, 25 em Zagazig, quando tentavam invadir três delegacias, e 14 em Damanhur.
A Irmandade Muçulmana encorajou ontem os egípcios a iniciar uma “intifada” (levante popular) para “recuperar sua revolução” e acabar com o golpe militar que derrubou o presidente Mohammed Morsi no dia 3 de julho.
Diante dessas convocações, o Ministério do Interior assegurou que suas forças estão “totalmente preparadas” para enfrentar qualquer esforço de violência e que vão utilizar munição letal em casos de legítima defesa.