Segurança nas escolas preocupa Valcenôr
A segurança nas escolas públicas de Luziânia tem sido uma preocupação constante da Subsecretaria Regional de Educação. Tanto que, na segunda-feira, 23 de setembro, uma reunião foi realizada para discutir o tema. Com este intuito, a Subsecretária de Educação, Valdereza Braz da Silva, convocou os diretores das escolas, o Presidente do Conselho Tutelar de Luziânia, João Henrique, os Comandantes Clemente e Wellington, da 2ª Companhia Independente do Jardim Ingá e do 10° BPM, respectivamente, e o Deputado Estadual Valcenôr Braz. “Na verdade, o que precisamos fazer é mobilizar a sociedade inteira, os órgãos competentes, a segurança pública, a promotoria, o conselho tutelar. Precisamos fazer uma conscientização na família e com os nossos alunos para que possamos pelo menos, nesse momento, amenizar as situações que hoje vivenciamos”, alertou Valdereza Braz.
Discussões, brigas infundadas, agressões físicas e entrada de armas de fogo são problemas que, infelizmente, têm acontecido dentro do ambiente escolar. Ocorre que, do lado de fora, nas intermediações dos colégios, as preocupações só aumentam: aliciamento de menores, uso contínuo de drogas e bebidas alcoólicas, tráfico de entorpecentes. De acordo com Valdereza Braz, atualmente, as principais praças da cidade viraram ponto de encontro para alguns alunos colocar em prática estes delitos. “Estamos precisando de ajuda, de parceria, de orientação, por isso convocamos a presença de todos esses segmentos aqui”. Diante disso, ela cobrou dos comandantes presentes o reajustamento do horário da patrulha escolar. A intenção é coincidir o patrulhamento com o início e o término das aulas.
Para o deputado Valcenôr Braz, o assunto abordado, por ser bastante amplo, merece ser discutido exaustivamente. Isto atende aos anseios das famílias que buscam a paz nas escolas. “A polícia colocou o que pode ser feito, mas nós esperamos que haja uma participação de toda a sociedade. É importante que a escola, a justiça, o Ministério Público, o Conselho tutelar e as famílias participem em conjunto e no que depender de mim, estarei à disposição para ajudar. Na ocasião, Valcenôr sugeriu aos diretores convocar os pais de todos os alunos para alertá-los sobre o tema em questão. “É importante que todo mundo esteja envolvido. Este é um problema que envolve todos os segmentos, porém a família tem papel fundamental na busca desenfreada pela paz tanto dentro quanto fora das salas de aula. A escola ministra o saber e a educação vem de berço”, finalizou o parlamentar, ao citar a escritora Cora Coralina.
Os diretores das escolas aproveitaram o encontro para tirar dúvidas, trocar e passar informações importantes ao presidente do conselho tutelar e aos policiais militares. A vice-diretora do Colégio Estadual Antônio Março de Araújo – CEPAMA, Marcivaine Pimentel de Aquino, 36 anos, disse que, muitas vezes, os diretores precisam de ocupar outra função: a de psicólogo, por isso ressaltou a importância do Conselho Tutelar na vida dos alunos. “Uma vez que o Conselho Tutelar obriga a família, a família se interessa pelo filho porque os pais estão deixando-os de lado. A gente interfere em muitas questões, mas não conseguimos fazer a parte educacional. Limites, valores e respeito quem deve colocar são os pais”, afirmou.
Segundo o comandante Wellington, do 10° BPM, ações urgentes deverão ser feitas para impedir a entrada de armamentos nas escolas. “Vamos reforçar a patrulha escolar e fazer o cumprimento da legislação estadual que prevê a não utilização de telefones celulares dentro dos estabelecimentos de ensino. Além disso, vamos fazer um mapeamento daquelas escolas problemáticas a fim de dar o apoio necessário para evitar crimes dentro e fora das escolas. Serão feitas operações veladas, ou seja, com viaturas descaracterizadas. O intuito é montar estratégias e agir o mais rápido possível. Ainda iremos fazer um seminário para alertar os pais e dar uma resposta a nossa sociedade”, garantiu.
De acordo com o comandante Clemente, da 2ª Companhia Independente do Jardim Ingá, a partir de agora a polícia militar deve manter contato direto com os diretores das redes estadual e municipal de ensino. Afirmou ainda que quem quiser fazer alguma denúncia deve ligar no número 190. “Garantimos o sigilo das informações”, frisou. (Por Yara Galvão).