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Bélgica e Colômbia fazem duelo de seleções emergentes

As seleções da Bélgica e Colômbia, 5ª e 4ª seleções do ranking da Fifa, respectivamente, se enfrentam hoje, em Bruxelas num duelo entre duas equipes que têm tudo para ser a grande sensação da próxima Copa do Mundo.

No início de 2011, estas duas seleções nem faziam parte do Top-50 do mundo, mas hoje estão no topo e são equipes respeitadas, após longos períodos de vacas magras.

Estas duas seleções têm, aliás, alguns pontos em comum, como a longa travessia por um deserto de irrelevância: a Colômbia não disputava um Mundial desde 1998, enquanto a Bélgica participou pela última vez da maior festa do futebol em 2002.

Com o grande desempenho que tiveram nas eliminatórias, Bélgica e Colômbia ganharam a condição de cabeças de chave do próxima Copa, o que não será o caso de seleções tradicionais como Holanda e Itália. Caso queiram ter boas campanhas no Brasil em 2014, ambas terão que depositar as fichas em suas respectivas gerações de ouro.

Hazard, Kompany, Courtois, Witsel e companhia do lado belga. Falcao, Zapata, Rodriguez para a Colômbia. Dos dois lados, o que se vê são jogadores de ponta que atuam nos melhores campeonatos e clubes do mundo, levando a observadores a se perguntar se estas não seriam as melhores seleções da história de cada nação.

Nos anos 90, a geração Valderrama-Rincon-Asprilla classificou a Colômbia para a Copa em três ocasiões (Itália-90, Estados Unidos-94 e França-98).

“Não queremos ser comparados a ninguém, nosso objetivo é escrever nossa própria história, que talvez será ainda mais bonita”, afirmou Radamel Falcao García, grande nome da atual seleção colombiana.

“A Colômbia não se limita somente aos gols que eu posso fazer. Temos um conjunto muito equilibrado e experiente, que dará muito trabalho no próximo Mundial”, afirmou o atacante do Mônaco.

Grupos de amigos

O treinador da seleções belga, Marc Wilmots, afirma que o adversário desta quinta-feira “não deve nada ao Brasil ou à Argentina”.

Só não se sabe se Hazard e companhia poderão repetir a façanha da geração de 1986, que chegou às semifinais da Copa do Mundo no México.

“A equipe talvez seja ainda um pouco jovem, mas tenho certeza que temos o potencial para atingir este nível”, garantiu há alguns meses Vincent Kompany, capitão da seleção belga.

As duas seleções têm treinadores, nas figuras de Wilmots e José Pekerman, de personalidades forte, que souberam montar equipes sólidas e hoje são unanimidade.

Há dois anos à frente de suas respectivas seleções, os técnicos instauraram uma disciplina e uma mentalidade que hoje são o ponto forte das equipes.

Wilmots e Pekeram também conseguiram criar um bom ambiente nos grupos, apesar da concorrência entre as estrelas, principalmente do lado belga.

“Meus jogadores? São um grupo de amigos”, diz um satisfeito Wilmots.

“Meus garotos gostam um do outro porque a grande parte joga junto desde as categorias de base”, explicou Pekerman.

O resultado se vê em campo, com duas seleções muito entrosadas que, quando jogam em casa, sempre encontram estádios lotados com as cores de suas bandeiras, o que não era o caso em 2011. (Por: AP)

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