5.200 filipinos mortos por Haiyan
O Tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas no dia 8 de novembro, fez mais de 5.200 mortos, anunciou hoje (22) o governo filipino. Este foi um dos desastres naturais de maior mortalidade da história recente daquele país.
Em Genebra, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou ter lançado uma campanha de vacinação nas Filipinas para impedir eventuais surtos de sarampo e de poliomielite entre os sobreviventes do Tufão Haiyan.
A campanha de vacinação, desenvolvida em colaboração com o Departamento de Saúde das Filipinas, será complementada com a distribuição de vitamina A para fortalecer o sistema imunológico.
A ação da OMS terá como principal foco as crianças com menos de 5 anos, faixa etária da população mais vulnerável a essas doenças. “Um grande número de crianças sem vacinar corre o risco de contrair e propagar doenças infecciosas como o sarampo, especialmente em lugares superlotados, onde muitos filipinos que perderam as casas estão vivendo”, disse a representante da OMS, Julie Hall.
“O sarampo pode ser mortal, especialmente em crianças pequenas”, acrescentou.
Sobre a situação nas Filipinas, duas semanas depois da passagem do tufão, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) anunciou que cerca de 387.000 desabrigados vivem em 1.500 centros de acolhimento em Visayas, área central do arquipélago das Filipinas.
Em Tacloban, capital da Ilha de Leyte, uma das mais afetadas pelo tufão, 15.500 pessoas vivem em 44 centros de acolhimento.
A organização estima que cerca de 5.000 pessoas fogem diariamente de Leyte, Samar e outras zonas afetadas pelo tufão e tentam chegar a cidades como Cebu – também na área central – e Manila, a capital do país.
A OIM alertou para o perigo de eventuais práticas de tráfico de seres humanos, flagelo que afeta principalmente mulheres e crianças, devido à intensa movimentação de pessoas em todo o país.
“Estamo reunindo informações demográficas sobre os desabrigados, sobre os imigrantes e os respetivos destinos, uma vez que existe claramente o perigo da prática de tráfico de pessoas”, disse a porta-voz da OIM, Chistiane Berthiaume. (Por: LUSA)