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Detecção precoce da chamada Mola Hidatiforme pode evitar futuro câncer

As gestantes diagnosticadas com a anomalia genética Trofoblástica Gestacional, também chamada de Mola Hidatiforme, podem ser atendidas no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), referência nacional nesse tratamento, segundo informações da Secretaria de Saúde.

Cancer

Na unidade, cerca de 300 mulheres nessa situação recebem atendimento atualmente. Segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, uma em cada 215 mulheres grávidas são acometidas pela doença.

A anomalia pode surgir a partir da fecundação. A “mola” é uma má formação do tecido placentário, no princípio da gravidez, no qual o embrião não se desenvolve normalmente. Em vez de se formar uma placenta, que futuramente comportaria um feto, esse material gera a “mola” que degenera a placenta.

A doença pode ser descoberta nas primeiras semanas de gravidez, o que reforça a importância de as mulheres realizarem todos os exames para descobrirem a gestação.

Para a ginecologista do HRAN Cirlaine Casagrande, é fundamental procurar os centros de saúde do DF assim que for detectado o atraso de mais de 15 dias da menstruação.

“É importante, pois se a “mola” não for tratada precocemente, pode até se transformar em um tumor maligno com a possibilidade de haver metástase (processo de espalhamento do tumor pelos órgãos mais próximos)”, alertou.

Segundo o ginecologista da rede pública Leandro Resende, o nível do Beta HCG, hormônio que indica a possibilidade de gravidez, é outro importante indicativo quando o nível está acima de 5 ui/ml (Unidade Internacional por mililitro).

“Esse índice também pode apontar [além da gravidez] uma possível “mola” na mulher. Por isso é fundamental que ela procure o médico assim que detectar o atraso menstrual”, reforçou.

No exame de pré-natal, oferecido pela Secretaria de Saúde do DF nos centros de saúde, o médico acompanha o desenvolvimento da mãe e do bebê durante o período da gravidez.

TRATAMENTO – Qualquer mulher que apresente o atraso menstrual de mais de 15 dias corridos pode procurar o Centro de Saúde mais próximo de casa. O ginecologista fará uma análise completa com exames de sangue, urina e, se houver necessidade, a ecografia.

Se for detectada a possibilidade da doença, o profissional encaminha a mulher para o HRAN, onde se concentra o atendimento mais especializado. (Da Redação, com informações da Agência Brasília)

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