Deputado repudia notícias negativas sobre estádio de Brasília
O deputado Policarpo (PT-DF)considera que Brasília está sendo atacada porque será sede de grande número de jogos da Copa do Mundo, mesmo sem ter tradição de futebol. “Estão sendo veiculadas notícias de que o custo do Estádio Nacional Mané Garrincha chegaria a R$ 2 bilhões, mas neste valor estão sendo computados recursos para paisagismo e urbanismo de revitalização da área central de Brasília, que inclui a urbanização do Setor Hoteleiro”.
O pacote de ações de revitalização da área central da cidade chega a cerca de R$ 300 milhões e compreende dez projetos, entre eles obras viárias. “E isso também não pode ser computado como custo do estádio”.
Policarpo ressalta que o investimento total no estádio é de 1,4 milhão, que ainda poderá ser reduzido para R$ 1,2 bilhão, em virtude do abatimento de créditos do Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma e Modernização de Estádios de Futebol (Recopa).
“O valor do estádio não dobrou, como alguns querem fazer crer. Esse é outro cálculo equivocado. É preciso destacar que a obra foi contratada a partir de licitações distintas. A primeira delas, no valor de 696 milhões de reais, foi assinada, em 2010, entre o Governo do Distrito Federal e o Consórcio Brasília 2014, responsável pela obra civil, ou seja, apenas pelo esqueleto do estádio.
Esse contrato não incluiu itens como cobertura, gramado, placares eletrônicos, assentos, sem os quais teríamos apenas uma carcaça, não um estádio de futebol, e que foram licitados ao longo do processo de construção da nova arena”, acentua o deputado.
Policarpo ainda frisa que o Mané Garrincha não pode ser considerado o mais caro do mundial. Diferentemente de outros, como o Maracanã, que passou apenas por uma reforma, o estádio de Brasília foi totalmente reconstruído, e com capacidade para 72 mil pessoas.
Outra notícia veiculada na imprensa também é repudiada pelo deputado. “Não foram realizados 47 novos aditivos ao contrato. O que tem sido noticiado como tal são, na verdade, notas de previsão de pagamento de atualização monetária de contrato da obra estabelecida pela legislação que rege contratos de forma geral. Beira a irresponsabilidade e a má-fé tentar fazer crer que tais correções monetárias seriam novos gastos, aditivos, reformas ou ampliações do Estádio, como tem sido insistentemente dito”.
O deputado também refuta outras acusações: “É importante destacar que temos em Brasília um estádio de primeira linha, cuja excelência tem sido comparada às grandes arenas europeias. Então, aos que torcem para que a arena apresente algum problema, devo esclarecer que o estádio vai muito bem, obrigado, e que qualquer eventual manutenção está prevista em contrato, sem custo adicional algum no reparo para o Governo do Distrito Federal e para a sociedade brasiliense, já que tem garantia de 5 anos.”
Outra polêmica que Policarpo prova não ter fundamento é sobre auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal que apontaria superfaturamento na obra. “O Governo do Distrito Federal e o consórcio responsável pela construção, como é de praxe, apresentarão os esclarecimentos solicitados pelo Tribunal, reiterando que inexistem irregularidades ou superfaturamento na obra.
Esse é um relatório preliminar usual nos procedimentos do Tribunal, que lista itens pontuais para esclarecimentos. O Tribunal de Contas do Distrito Federal faz auditoria permanente e chegou até a contar com uma sala no canteiro de obras do estádio na fase de construção, o que comprova comprometimento e transparência do Governo com o órgão fiscalizador. Além disso, técnicos do TCDF realizavam visitas mensais, acompanhando o dia a dia da obra”.
O Governo do Distrito Federal alcançou o maior índice de transparência entre as 12 cidades-sede, de acordo com levantamento do Instituto Ethos. E o GDF recebeu nota máxima em participação popular na aplicação desses recursos, segundo o levantamento do Instituto. “Vale ressaltar que, antes da liberação, na semana passada, de quase 1,6 bilhão de reais do PAC de Mobilidade Urbana para o Distrito Federal, de cada 1 real investido noestádio, o Governo do Distrito Federal já havia assegurado outros 3 reais para infraestrutura, mobilidade urbana e segurança, o que ficará como legado dos grandes eventos para a cidade, um grande indutor do desenvolvimento econômico, com geração de emprego e renda”.
RESULTADOS ALCANÇADOS – Desde a inauguração do Estádio Nacional de Brasília, entre maio de 2013 até agora, em 30 eventos realizados, a arena recebeu público superior a 655 mil pessoas. Em apenas 10 meses de operação, o novo Mané Garrincha reuniu quase o dobro de público que o antigo estádio em 36 anos. Foram 315 mil pessoas a mais do que as 340 mil do velho Mané.
O estádio também teve papel decisivo na escolha de Brasília para receber grandes eventos esportivos além da Copa. A cidade será subsede das Olimpíadas de 2016 — sediará o esporte masculino e feminino — e receberá, em 2019, a Universíade, as Olimpíadas Universitárias, a segunda maior competição poliesportiva mundial, que reúne cerca de 12 mil atletas de 166 países. Esses eventos movimentarão ainda mais a economia do Distrito Federal, contribuindo para a geração de emprego e renda. Cada evento que o Estádio recebe é capaz de injetar na economia local até 12,3 milhões de reais e de gerar em torno de 2 mil empregos diretos e indiretos, como aconteceu nos 30 eventos realizados até agora.