Pró-Vítima dará assistência à família de Yorrally no Gama
A equipe multidisciplinar da Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência (Pró-vítima) irá acolher e dar assistência jurídica e de psicólogos para a família da adolescente Yorrally Ferreira, 14 anos, morta com um tiro no rosto. Nesta quarta-feira, 2/04, a equipe, juntamente com os familiares da adolescente, têm um encontro com a deputada federal Keiko Ota para falar sobre os direitos das vítimas e as reivindicações da família, dentre elas a lei da redução da maioridade penal. A parlamentar já se manifestou que é preciso revisar urgentemente o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no que se refere à questão da maioridade penal.
O crime aconteceu no dia 09 de março, em uma região conhecida como prainha, no Gama. O namorado da vítima postou na internet uma foto de Yorrally morta, na cena do crime. Ele a matou dois dias antes de atingir a maioridade penal, 18 anos, o que o livrou de responder como adulto pelo ato.
Com média de mil atendimentos mensais, o Pró-vítima tem como missão avaliar as condições socioeconômicas das famílias, como desemprego, violência, dependência química, entre outras, para fazer possíveis encaminhamentos ou intervenções; orienta ainda sobre garantia de direitos, como Benefícios de Prestação Continuada (BPC), Auxílio Natalidade, Auxílio Funeral, Bolsa Família, etc.
A família de Yorrally está há dias acampada em frente ao Palácio do Planalto para chamar a atenção das autoridades para o caso. A mãe da vítima, a dona de casa Rosemary Dias da Silva, 44 anos, quer a aprovação do projeto que reduz a maioridade penal. “Eu espero justiça. Quero que ele pague pelo que fez. Acabou com a nossa família. Já morri por dentro, só falta morrer por fora. Meu marido não tem ânimo nem para trabalhar”
A assistência da equipe da Subsecretaria de Proteção às Vítimas – um projeto pioneiro no Brasil – é voltada para vítimas de diferentes situações, tais como homicídio, latrocínio, violência sexual e doméstica, acidente de trânsito, sequestro-relâmpago. (Por: Emanuelle Coelho)