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ONU acusa tropas do Chade de atirar contra multidão

Soldados do Exército chadiano dispararam contra a multidão sem terem sido provocados no fim de semana passado, na capital da República Centro-Africana, Bangui, causando ao menos 30 mortes e 300 feridos, denunciou a ONU nesta sexta-feira.

“Os soldados dispararam contra a multidão de maneira indiscriminada”, declarou em Genebra um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville, ao apresentar os resultados preliminares da investigação.

A investigação determinou que os soldados envolvidos são membros do exército chadiano e não da Força Africana na República Centro-africana (Misca).

Este é o incidente mais grave envolvendo tropas estrangeiras na República Centro-africana desde a queda, em março de 2013, do presidente François Bozizé por Seleka, uma coalizão majoritariamente muçulmana e apoiada pelo Chade.

Há um ano, a República Centro-Africana está mergulhada na violência entre as comunidades muçulmana e cristã, que leva a ONU a temer um genocídio e uma limpeza étnica.

Com mais de seis mil homens e subordinada à União Africana, a Misca está presente no país, além dos cerca de dois mil soldados franceses. As forças europeias também se comprometeram a enviar pelo menos mil homens.

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