ABQM homenageia o ‘Cavaleiro das Américas’ durante o 35º Potro do Futuro
Um sonho de criança concretizado em 803 dias de cavalgada, por um jovem de 25 anos que o fez conhecido como o ‘Cavaleiro das Américas’. Este é Filipe Masetti Leite, herói brasileiro que partiu em 8 de julho de 2012 de Calgary, no Canadá e percorreu 12 países num trajeto de 16 mil quilômetros até chegar com grande festa, em agosto último, em sua cidade natal, Espírito Santo do Pinhal (SP).
Em visita ontem, 17 de outubro, ao 35º Potro do Futuro e 8ª Copa dos Campeões da raça Quarto de Milha, em Avaré (SP), Masetti recebeu uma placa em sua homenagem entregue pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), Marcelo Waldemarin Alves Ferreira. Masetti revelou que esta ideia surgiu quando ainda era criança ao ganhar do pai Luís Leite um livro que contava a aventura de um cavaleiro, o do suíço Aimé Tschiffely, que partiu a cavalo de Buenos Aires com destino aos Estados Unidos em 1925, o fez querer sonhar também a conseguir realizar a mesma aventura do cowboy suíço. E conseguiu.
O ‘Cavaleiro das Américas’ que assim passou a ser chamado logo que sua história ficou conhecida mundialmente, conta que filmou grande parte da viagem e suas aventuras e histórias em breve vão virar livro e documentário e vai narrar todos os detalhes vivenciados com seus fiéis companheiros, os cavalos Quarto de Milha Frenchie (palomino de dez anos), o alazão Bruiser (seis anos), além do Mustang de nome Dude.
“Apesar de todo planejamento que eu tive o cuidado de fazer antes de partir do Canadá, mesmo assim, a viagem foi muito difícil e desafiadora, porque cada trajeto traçado no mapa que marquei para percorrer, na verdade quando eu chegava ao local, se transformava num aprendizado interessante e que me fez conhecer pessoas e receber a solidariedade delas, mas sem dúvida foi muito gratificante,” destacou o cavaleiro.
Ele conta que durante estes 16 mil quilômetros percorridos chegou a fazer alguns desvios necessários em função de regiões inóspitas norte-americanas com histórico de ataque por ursos ou mesmo no México quando passou por regiões conflituosas tradicionalmente ocupadas por milícias.
“Também passei por situações de privação que tive que dar até óleo de cozinha para os cavalos para não se desidratarem devido à escassez de água durante um determinado trajeto”, diz Filipe que informa que em seu plano de viagem procurava respeitar a média de 30 Km de cavalgada diária.
(fotos:MIGUEL OLIVEIRA/ABQM)edição de André Silva