Saiba como melhorar a memória e evitar esquecimentos

A memória é formada em diferentes etapas no cérebro Foto: reprodução
A memória é formada em diferentes etapas no cérebro Foto: reprodução

Que atire a primeira pedra quem nunca se esqueceu de pagar uma conta, de desejar feliz aniversário a um amigo ou de dar um recado importante. Especialmente nesta época do ano, em que os afazeres se multiplicam devido aos preparativos para o Natal e o Ano Novo, falhas de memória podem ser comuns. Segundo especialistas, o ritmo da vida atual é o principal fator que leva a esquecimentos, mas é possível melhorar o rendimento do cérebro com medidas simples.

— Metade dos adultos tem, pelo menos, uma queixa de esquecimento durante o ano. O cérebro é uma máquina limitada. Se há sobrecarga mental, ele apresenta erros — diz o neurologista Leandro Teles, membro da Academia Brasileira de Neurologia.

Segundo o neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes Pinto, professor livre-docente de neurocirurgia da Universidade de São Paulo, existem dois tipos de memória: a de curto prazo, usada para executar tarefas do dia a dia (como lembrar o local onde o carro foi estacionado), e a de longo prazo, que armazena informações por bastante tempo, como datas de aniversário.

— Quando fazemos mais de uma tarefa ao mesmo tempo, exigimos demais da memória de curto prazo. Por isso, ela falha — afirma Pinto, consultor do programa “Encontro com Fátima Bernardes”, que aborda o assunto no livro “Papo cabeça” (editora LeYa), lançado na semana passada.

De acordo com Leandro Teles, esquecimentos eventuais são normais. No entanto, se a frequência dos lapsos aumentar a ponto de trazer prejuízos, sobretudo quando as informações que passam batido são importantes, é preciso procurar ajuda médica.

Dieta saudável e exercícios são essenciais

A memória é um processo realizado pelo cérebro. Por isso, para melhorá-la, é importante atuar em cada etapa desse mecanismo. Segundo Fernando Gomes Pinto, dois fatores são essenciais a quem quer prevenir esquecimentos: manter uma alimentação equilibrada e evitar o sedentarismo.

— Estudos mostram que 30 minutos de treino de alongamento, força e exercícios aeróbicos, três vezes por semana, têm efeito positivo sobre a memória depois de um mês de prática regular. A atividade física provoca a liberação de substâncias que estimulam a produção de neurônios no hipocampo — explica.

Uma dieta saudável fornece os nutrientes necessários ao bom funcionamento do cérebro e, portanto, da memória. Não podem faltar no prato carboidratos, fontes de glicose; ferro, que auxilia no transporte de oxigênio; e cálcio, que desempenha papel importante na condução dos sinais neurais. Também são importantes o zinco, que contribui para o equilíbrio neuroquímico; o ômega 3, que forma a membrana celular dos neurônios; e a vitamina B1, que ajuda no aproveitamento da energia. Além disso, a cafeína, em pequenas quantidades, aumenta a atenção e a concentração.

Esquecimentos graves podem ser indício de deficiência nutricional, problemas na tireoide e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Em idosos, a condição pode ainda sinalizar demência e Alzheimer.

(fonte: Extra – Camilla Muniz) edição de André Silva

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