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Pequim suspende alerta vermelho por poluição

Pequim suspendeu nesta quinta-feira (10) o alerta vermelho por poluição que estava em vigor desde segunda-feira (7) e, pela primeira vez na semana, o céu azul e ensolarado substituiu a espessa névoa dos últimos dias.

As autoridades da capital da China anunciaram pela primeira vez na segunda-feira  o nível máximo de alerta, que implica medidas drásticas para limitar a circulação de carros, a paralisação de obras e o fechamento de escolas e fábricas.

A situação em Pequim coincide com a contagem regressiva na Conferência do Clima de Parispara concluir um acordo sobre o futuro do planeta.

As medidas de emergência foram canceladas nesta quinta, segundo a Agência de Proteção do Meio Ambiente da cidade.

A capital chinesa viveu nos últimos 10 dias dois episódios do chamado “airapocalypse”, situação em que cobriu a cidade com uma camada espessa de névoa branca impregnada com um cheiro intenso de carvão.

A densidade de partículas finas (PM 2,5), muito perigosas para a saúde e que provocam mortes prematuras, superou na semana passada em Pequim a marca de 600 microgramas por metro cúbico, segundo os níveis de referência medidos pela embaixada dos Estados Unidos.

O nível é muito superior ao máximo de 25 microgramas por m3 a cada 24 horas estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, o governo de Pequim não decretou na semana passada o alerta vermelho, uma decisão muito criticada pelos internautas e pela imprensa oficial.

Edifícios no centro empresarial de Pequim encobertos pela poluição (Foto: Reuters)
Edifícios no centro empresarial de Pequim encobertos pela poluição (Foto: Reuters)

Nos últimos dias a concentração de partículas tóxicas permaneceu em um nível inferior a 300 microgramas por m3 e nesta quinta-feira caiu a 22, graças a uma frente fria e ao vento que ajuda a dissipar a poluição.

As medidas de emergência “foram eficazes para frear o acúmulo de ‘smog'”, anunciou a prefeitura, que agradeceu os “esforços” da população.

A situação das últimas semanas levou muitos moradores da cidade aos hospitais e provocou o aumento da compra de máscaras protetoras, onipresentes nas ruas.

A poluição aumenta no inverno com o uso do carvão para a calefação e o aumento do uso da energia elétrica.

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