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Irã tem agentes à paisana para fiscalizar a moralidade

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A polícia da capital iraniana tem uma rede de 7.000 agentes à paisana cujo trabalho é denunciar alegadas transgressões à moralidade vigente na república islâmica do Irã, indicou hoje fonte policial local.

Segundo Hossein Sajedinia, general e chefe da polícia de Teerã, entre as transgressões figuram o mau uso do véu (cobrir a cabeça é obrigatório para as mulheres) e o comportamento antissocial.

“As brigadas à paisana, compostas por homens e mulheres, irão confrontar cidadãos que cometam transgressões implícitas à cidade”, avisou Sajedinia, adiantando que serão ‘fiscalizadas’ várias situações, como a ausência de véus nas condutoras de automóveis, condução imprudente, festas na rua, assédio a mulheres e poluição sonora.

“Em público, todas as mulheres da República Islâmica, incluindo estrangeiras, são obrigadas a utilizar pelo menos um véu que cubra o cabelo e o pescoço”, acrescentou.

Desde meados da década de 1990 que tem vindo a se registrar uma mudança gradual no código de vestuário de algumas mulheres, em particular nos mais concorridos bairros do norte de Teerã, sendo possível observar sobretudo jovens trajando casacos e lenços apertados na cabeça.

Sajedinia indicou que se os agentes observarem alegadas infrações e/ou violações ofensivas aos valores morais do país devem avisar de imediato a polícia, que, depois, contactará os visados.

Os agentes, que dispõem de autorização judicial para operar, não estão, porém, autorizados a deter diretamente qualquer eventual transgressor, devendo apenas comunicar o fato à polícia.

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