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Governador do TO é alvo de operação contra esquema que lavou R$ 200 milhões

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O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é um dos alvos da Operação Reis do Gado, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (28). O peemedebista e alguns de seus familiares são acusados de dissimular e ocultar lucros ilícitos obtidos por meio de um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 200 milhões no estado.

De acordo com as investigações da PF, a organização criminosa atuava por meio de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e “pessoas de confiança do chefe do executivo estadual”, que teria gerado prejuízo aos cofres do governo de Tocantins.

A ocultação do dinheiro desviado era feita por meio de transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado.

A PF alega ainda que parte do valor desviado foi utilizada na formação de caixa dois para campanhas realizadas no Estado. Não foram informadas a quais campanhas esses recursos teriam sido destinados.

De acordo com a PF, foram notadas transações financeiras “desproporcionais” que evidenciaram a intenção de dissimular recursos ilícitos. Em um dos casos foi identificada um contrato de compra de gado cujo volume, segundo a perícia realizada, não caberia nem sequer dentro da propriedade onde pretensamente deveriam se encontrar o rebanho. Essa técnica foi apelidada pelos investigadores como “gados de papel”.

Em outro caso, um contrato de prestação de serviços entre o governo e uma empresa de transportes aéreos alcançou valores tão exorbitantes que, sendo dimensionadas em horas de voo, obrigariam os aviões a serem abastecidos no ar para que se pudesse suprir o valor integral do contrato.

Reis do gado

Cerca de 280 policiais federais participam da operação nesta segunda-feira. Ao todo, são cumpridos 108 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo oito mandados de prisão temporária, 24 de condução coercitiva e 76 de busca e apreensão. Os mandados são cumpridos no Tocantins, em Goiás, no Distrito Federal, em São Paulo e no Pará.

Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva, fraudes à licitação e formação de organização criminosa.

Fonte: Último Segundo – iG

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