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Anatel aprova repasse das linhas móveis da Oi para Claro, Tim e Vivo

O Conselho Diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou nesta segunda-feira (31) a transferência das frequências móveis da operadora Oi ao consórcio formado pela Claro, Tim e Vivo.

Em processo de recuperação judicial, a Oi vendeu em leilão, em 2020, seus ativos móveis, que acabaram sendo arrematados pelas suas rivais por R$ 16,5 bilhões.PUBLICIDADE

Apesar da compra, as operadoras ganhadoras do certame ainda necessitavam de uma anuência da Anatel para terem a liberação para explorar o serviço, o que ocorreu em reunião realizada na tarde desta segunda-feira.

DIVISÃO

O setor móvel da Oi, responsável pelos chips de internet e telefonia para celulares, agora vai ser dividido entre Claro, Tim e Vivo. Os detalhes sobre prazos, regiões atendidas pela Oi a serem absorvidas por cada uma das operadoras e a maneira como funcionará a transição dos clientes deverão ser publicados em Diário Oficial.

A análise da anuência iniciou em 2021, mas acabou paralisada a pedido do conselheiro Vicente Aquino, que pediu mais prazo para dar seu voto. Na retomada do assunto hoje, ele seguiu o relator, formando decisão unânime do colegiado, composto por cinco membros.

Em seu voto, Aquino apenas acrescentou que continuidade de prestação de serviços aos pesquisadores brasileiros em projetos na Antártica.CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O QUE MUDA

Após a aprovação das autoridades, a Oi deverá comunicar os seus clientes e a conta deles vai ser passada para uma das operadoras envolvidas na operação. É o que preveem fontes do setor ouvidas pela reportagem.

Com seus 36,5 milhões de linhas celulares, a Oi fica atrás da Tim, Vivo e Claro, respectivamente.

Os clientes da Oi serão distribuídos entre as novas donas da seguinte maneira: Tim ficará com 14,5 milhões de contas, correspondendo a 40% do total; Vivo ficará com 10,5 milhões, 28% do total; Claro ficará com 11,5 milhões de contas, 32% do total.

Além disso, as operadoras vão se unir para pagar o custo da transição, que deve ficar em torno de R$ 756 milhões. Ainda não se sabe, porém, como será feita essa transição em detalhes, mas ela só deve começar agora, com a aprovação do negócio pela Anatel.

fonte:

jornal de brasília